Servidores públicos são os mais prejudicados
Revisão da meta fiscal do desgoverno Temer
prejudica mais os servidores públicos
Os trabalhadores da Saúde e Previdência Social são atingidos pelo aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14% e pela provável recusa do governo em conceder a reivindicação da reposição das perdas salarias acumuladas em 19,11% (índice do Dieese), um dos principais itens da Campanha Salarial 2017.
As medidas de redução de gastos e aumento de arrecadação anunciadas pelo governo federal ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional, durante a análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018.
No entanto, as últimas notícias da área econômica já espalharam preocupação entre os mais variados setores da sociedade brasileira.
Com o objetivo de evitar um aumento ainda maior no rombo das contas públicas do país, que saltou de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões, as providências sugeridas pela União devem ter um efeito em massa.
Caso a proposta seja aprovada, os principais afetados serão os servidores públicos federais, que, entre outros pontos, terão atraso de um ano no reajuste salarial aprovado para 2018. Já os assalariados sentirão a redução de R$ 10 prevista para o salário mínimo no ano que vem.
Clique aqui: " Programação Fiscal 2017-2018 " , medidas dos ministérios da Fazenda e do Planejamento
SE VOCÊ É SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL:
-Os servidores federais serão impactados principalmente pelo adiamento do reajuste salarial aprovado para o ano que vem, que será pago apenas em 2019;
– O governo propôs mudanças no plano de carreira do funcionalismo público federal, aumentando o tempo que os servidores levariam para alcançar o teto salarial. Atualmente, a tabela de progressão das remunerações tem 13 níveis. O Planalto sugere a alteração para 30.
– Também foi proposta a fixação de um teto salarial, limitado à remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que hoje é de R$ 33.763.
– Outra medida anunciada pelo governo é o aumento da contribuição previdenciária dos servidores que recebem mais de R$ 5,3 mil. A alíquota deve passar de 11% para 14%.
– O Planalto sugeriu ainda a redução de benefícios, como auxílio-moradia, e de gratificações para a categoria.
SE VOCÊ É CONCURSEIRO (POSSÍVEIS NOVOS SERVIDORES):
– Duas medidas anunciadas na terça-feira (15/8) atingem em cheio os concurseiros que almejam entrar no Poder Público federal. A primeira é a criação de um estágio probatório que limita o salário inicial a R$ 5 mil mensais. Com o passar do tempo, a remuneração deve aumentar gradualmente.
– A segunda medida é a redução de 60 mil cargos vagos no Executivo federal – segundo o governo, os postos de trabalho não atendem mais as demandas do Poder Público. O corte pode tornar ainda mais difícil o ingresso no serviço público.
https://www.metropoles.com/brasil/economia-br/o-que-o-rombo-do-governo-tem-a-ver-com-o-seu-bolso
Governo pode cortar em até 70% salário de servidores concursados
O governo anunciou nesta terça-feira (15) uma proposta de mudança nas carreiras de funcionários públicos do Executivo. Isso inclui a redução dos salários iniciais da categoria. A alteração depende de aprovação do
Congresso.
Um exemplo de redução de salário inicial é na carreira de gestão governamental, que será baixado a menos de um terço. Hoje, o salário de um iniciante é R$ 16.933,64 (Carreita da Gestão Governamental). Pela proposta, passaria a R$ 5.000. O valor máximo no fim da carreira ficaria o mesmo: R$ 24.142,66.
O governo diz que os funcionários públicos recebem, em média, o triplo de um profissional do mercado privado em ocupações de níveis fundamental e médio. No caso de cargos de nível superior, a média é mais que o dobro.
Com a redução dos salários iniciais, espera-se baixar o custo médio dos funcionários públicos em 70%, segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Nos próximos dez anos, a medida deve representar uma economia de R$ 70 bilhões, disse o ministro.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pediu apoio do Congresso para aprovar as mudanças. “Vamos mandar para o Congresso para tudo ser aprovado ainda neste ano. Contamos com a aprovação, porque é importante para o país.”
Essas medidas fazem parte dos esforços do governo para cortar gastos. Também foi anunciado nesta terça-feira (15/08) o aumento na previsão de rombo das contas públicas deste ano e de 2018 para R$ 159 bilhões. Até então, as metas eram de deficit de R$ 139 bilhões em 2017 e de R$ 129 bilhões no ano que vem.
Fonte: UOL