Dia Nacional de Mobilização

Milhares de pessoas voltaram às ruas de todo o país, na última sexta-feira (31), em mais um Dia Nacional de Luta contra as reformas da Previdência, Trabalhista e o projeto de terceirização. Em Pernambuco, não foi diferente. Foram realizadas mobilizações no Recife, Caruaru, Garanhuns, Petrolina, entre outros municípios. No Recife, à tarde, trabalhadores de diversas categorias se concentraram na Praça da Independência (mais conhecida como Pracinha do Diario), no bairro de Santo Antônio, área central da capital pernambucana.

Depois da concentração, os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas do centro. O protesto foi chamado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), Sindsprev-PE e outros sindicatos, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. De acordo com a CUT Pernambuco mais de 50 mil participaram da manifestação. 

A direção do Sindsprev-PE, acompanhada por integrantes do Comitê dos Aposentados e por servidores da base do Sindicato, participou ativamente da manifestação, distribuindo panfletos com informações detalhadas sobre os impactos da Reforma da Previdência durante toda a mobilização.

A mesma distribuição de panfletos, seguida por atos, foi realizada no interior do Estado.Pela manhã, servidores da APS de Arcoverde paralisaram suas atividades e realizaram um ato público seguido de passeata, acompanhada por dirigentes de movimentos sociais e sindicais, inclusive o diretor do Sindsprev, Marcondes Carneiro.

Este protesto foi considerado um " aquecimento " , uma preparação para a greve geral que acontecerá no dia 28 de abril contra a retirada de direitos. Até lá, os sindicatos realizarão assembleias, reuniões, plenárias e manifestações nas empresas, portas de fábricas e locais de trabalho.

Durante a semana passada, a diretoria do Sindsprev mobilizou a categoria para participar deste protesto. " As atividades de conscientização terão continuidade com uma campanha de esclarecimento do difícil momento que estamos vivenciando que exige a participação de todos na greve geral do dia 28 de abril " , afirmou o dirigente Luiz Eustáquio. Para o coordenador do Sindsprev-PE, José Bonifácio,“é preciso ocupar as ruas do Brasil para barrar essas reformas que retiram direitos trabalhistas históricos”. 

Prejuízos - A Reforma da Previdência acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição, que atualmente é de 35 anos para homens e 30 para mulheres. Segundo a regra atual, um trabalhador que começou a contribuir com 20 anos, por exemplo, pode se aposentar aos 55. Pela proposta do governo, essa pessoa terá de trabalhar até os 65 anos. E quem quiser a aposentadoria integral terá que contribuir por 49 anos! Ou seja, para se aposentar aos 65 anos o cidadão deve começar a trabalhar e contribuir aos 16.

Já a reforma Trabalhista teve início com a aprovação da terceirização ampla e irrestrita, no último dia 21. O projeto representa milhões de empregados sem direitos. Os salários serão mais baixos, com pouca proteção jurídica, haverá restrição de férias e 13º, aumento de acidentes de trabalho e desemprego, além da redução drástica de concursos públicos.