Fórum pretende montar rede de resistência contra propostas que ameaçam direitos

O vice-presidente de Política de Classe da ANFIP, Floriano Martins de Sá Neto, apresentou os principais pontos da reforma da Previdência, prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, aos integrantes do Fórum Interinstitucional de Defesa do Direito do Trabalho e da Previdência Social. A reunião aconteceu no Ministério Público do Trabalho, em Brasília.

Floriano Sá Neto, ao criticar a ampla reforma proposta pelo governo, reforçou que é preciso analisar a Previdência Social sob vários aspectos, não só pelo econômico. Para o vice-presidente, o maior problema com as mudanças que estão sendo propostas é a diminuição dos direitos sociais. “A PEC nos preocupa, é extensa, com imprecisões e novos institutos sendo construídos, sempre de maneira danosa para os trabalhadores. Não se melhora a arrecadação”, alertou. Segundo o dirigente, nada foi feito nos últimos anos para aperfeiçoar a gestão do sistema e a reforma vem pelo lado da despesa. “Estamos regredindo”, lamentou. Floriano Sá Neto destacou ainda que a PEC 287/16 é um dos braços da Emenda Constitucional nº 95/16, que congelou os gastos públicos.

Fórum - O Fórum, composto por instituições públicas e privadas, centrais sindicais, confederações, federações, sindicatos, associações, organizações nacionais e internacionais, tem o objetivo de promover a articulação social em torno das propostas legislativas sobre a reforma trabalhista e previdenciária. A ideia é montar, entre outras medidas, uma rede de resistência contra propostas em tramitação no Congresso Nacional que ameaçam o direito dos trabalhadores.

Entre as deliberações, o grupo já definiu a promoção de um grande ato público no Congresso Nacional, que poderá ser realizado no dia 22 de fevereiro. O grupo também assinalou que deverá encaminhar ao Parlamento pedido para discussão dos projetos com a sociedade.

Fonte: Anfip