Debate impactos da PEC 55 sobre negros


icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin icone email

Seminário debateu inserção dos negros e negras

no mercado de trabalho e impactos da PEC 55  

Em parceria com o Dieese, na tarde desta quinta-feira (17/11), o Sindsprev promoveu um seminário de sensibilização contra o preconceito racial, como parte das atividades do Mês da Consciência Negra.


O evento foi aberto com as considerações iniciais dos componentes da mesa: o coordenador geral do Sindsprev José Bonifácio; o coordenador do Dieese-PE, Dinaldo Lessa e a diretora Iacelys Carvalho, da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato.


Eles destacaram a importância do debate sobre a atual situação dos negros e negras no Brasil relacionada com o contexto dos ataques do governo golpista às políticas públicas, direitos sócias e trabalhistas.


Primeiro painel:“A Inserção Produtiva dos Negros e Negras no Mercado de Trabalho”, com explanação da economista do Dieese, Milena Prado.


Inicialmente, ela explicou alguns conceitos usados naPesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada nas Regiões Metropolitanas de Fortaleza, Salvador, São Paulo e Porto Alegre.


População em Idade Ativa (PIA) e População Economicamente Ativa (PEA) servem de parâmetros para medir as taxas de emprego e desemprego, especificando percentuais que retratam as diferentes situações em que se encontram homens e mulheres, negros e “não negros” (brancos).


Segundo Milena, dados da PED revelam que “os negros se inserem menos no mercado de trabalho e quando conseguem, em condições menos vantajosas, o que é mais agravante para as mulheres negras”.


A população negra está mais presente no setor informal e outro que impõem empregos precários, sem proteção da legislação trabalhista e com salários mais baixos. Ou seja, a cor da pele e o gênero (sexo) influem no acesso ao acesso ao mercado de trabalho.

.

Milena informou que no período de 2004 a 2014, houve um crescimento das oportunidades de emprego e melhorias salariais em alguns ramos de atividade como indústria, construção e setores de serviços, além do aumento do nível de escolaridade.


Mas, infelizmente, este avanço começou a se reverter em 2015 e tende a piorar  a partir de agora com a crise econômica e política e com a aprovação da PEC 55, atingindo mais fortemente as populações tradicionalmente mais vulneráveis, principalmente negras e negros.


Segundo Painel: “Os Impactos da PEC 55 na População Negra Brasileira”, apresentado pela economista do Dieese, Jackeline Natal.

Logo no início, ela destacou os avanços conquistados até 2014 nas políticas públicas de proteção social e na promoção da igualdade racial.


Jackeline apresentou dados do PNAD que apontam outras melhorias essenciais principalmente em relação às moradias populares, com construções em alvenarias, madeira trtada, , com telhas ou lajes; acesso à canalização de água potável, coleta de lixo, entre outras.


Ressaltou também o melhor atendimento na área de saúde e a evolução na educação, com o aumento da quantidade de anos de estudo, principalmente para a população negra que passou a ter maior acesso ao ensino médio e ao ensino superior.


Segundo a economista do Dieese, houve também um aumento da cobertura dos programas sociais e melhoria na transferência de renda. Mas alertou que tudo isso está ameaçado com as políticas de ajuste fiscal do governo golpista de Temer, principalmente com a aprovação da PEC 55, que vai provocar um retrocesso de 20 anos, levando a população menos favorecida às condições precárias da década de 90.


Veja nos quadros abaixo: as desculpas enganosas do governo Temer, as consequências da aprovação da PEC 55 e as alternativas que deveriam ser tomadas para que os segmentos sociais tradicionalmente explorados não pagassem o pato da crise.

Fotos: Edmundo Ribeiro

 

 

Clique e baixe (download) a apresentação dos slides em Power Point apresentada pelo Dieese.pptx

 

« Voltar