Carta Capital denuncia fraude de 100 milhões


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Carta Capital denuncia fraude de R$ 100 milhões na Geap

 

 

Na edição desta semana,10 de agosto de 2016, a Revista Carta Capital publicou a matéria “A Geap é uma bomba”, de seis páginas (24 a 29), denunciando “suspeitas de fraude de um contrato de mais de 100 milhões de reais” firmado pela operadora auto-gestionária de planos de saúde.

 

A publicação revela que os cabeças deste novo escândalo do governo golpista Temer são o ministro da Saúde, Ricardo Barros e o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, do PP, “partido amante das negociatas”.

 

Através de um ofício datado de 18 de maio ao então presidente do Conselho de Administração da Geap (Conad), Irineu Messias, o ministro Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou que estavam anuladas todas as decisões tomadas pelo Conselho a partir de 27de abril.

 

“O objetivo era retomar o comando do Conselho pelo governo, para o Planalto poder usar a Geap em suas barganhas políticas. No caso, para dar vida boa ao PP, a ciscar pela Geap desde 2013”, esclarece a Carta Capital.

 

No lugar do sindicalista Irineu Messias, Padilha nomeia os indicados do PP, entre eles, o advogado Rodrigo de Andrade Vasconcelos, que segundo a revista, é “o mesmo que abriu o caminho para o milionário contrato agora envolto em suspeitas”.


Terceirização da defesa judicial

 

Pelo contrato, assinado em 13 de outubro de 2015, a Geap terceirizou sua defesa em ações judiciais, repassando-a para

o escritório Nelson Williams remunerado para representar a operadora em todo o País.

 

Na reunião ordinária do Conad, realizada em 18 de maio, o então presidente Irineu Messias propôs a rescisão do contrato de terceização de 2015. Neste mesmo dia, o chefe da Casa Civil dá um golpe, destituindo a direção da Geap e o presidente do Conad, o primeiro a exercer o cargo como representante dos trabalhadores.

 

A Reportagem da Carta Capital apresenta, de forma minuciosa, detalhes do processo de terceirização e da assinatura deste contrato  de sete páginas cheio de desvios administrativos e financeiros.

 

Ainda segundo a matéria, “A fraude estaria na página 3, a tratar dos honorários da banca (de advogados). É a única folha

a conter uma rubrica solitária. As demais possuem quatro rubricas.”

 

Além de beneficiar as pessoas envolvidas com o escândalo, um ex-funcionário da Geap afirmou que a  terceirização da defesa judicial pode servir à formação de caixa para campanhas, partidos e políticos.


Continua a guerra judicial

 

Após a intervenção go governo na Geap, “Abriu-se uma guerra judicial. Messia resistiu à nomeação de um substituto, o que levou a Advocacia Geral da União, em nome do Planalto, a entrar, em 10 de junho, com uma ação na Justiça Federal, em Brasília, para resgatar o estatuto antigo e garantir a posse dos novos conselheiros (golpistas)”.

 

Em 23 de junho, buscando retornar ao cargo, Irineu Messias ingressou no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com um mandado de segurança contra o chefe da Casa Civil. Alegou que a intervenção não tinha fundamento legal e reestabelecia uma situação indesejada pelos usuários da Geap.

 

Até o momento, não existe uma decisão final sobre a ação da AGU nem sobre o mandado de segurança no STJ.

 

“Com esse cenário tomado por acusações de fraudes, furtos e adulterações, em que mergulharam Eliseu Padilha e o PP, Michel Temer não tem de se preocupar apenas com a Lava Jato ou uma eventual delação do deputado à beira da cassação Eduardo Cunha. A Geap virou uma Bomba”, finaliza a matéria da Carta Capital.



CNTSS solicita providências da Procuradoria Geral da República






 

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