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Reunião discute entraves na reposição da demanda represada nos dias de greve dos servidores do INSS

O sistema de reposição dos dias parados por conta da greve dos previdenciários voltou a ser discutido, nessa terça-feira, em Brasília, em uma reunião da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT) com a presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Elisete Berchiol.

A categoria detalhou as dificuldades em compreender o método de pontuação previsto nos memorandos 23 e 30 para a reposição através de atividade e também denunciou a exclusão de uma parcela significativa de servidores no SRAR. Berchiol se comprometeu a estudar as reivindicações e agendar uma nova audiência para dar continuidade às negociações.

Durante o encontro, o INSS divulgou um balanço das informações colhidas pelo sistema sobre a reposição dos 82 dias paralisados durante a última greve. Segundo o documento, apenas 15% do total que precisa ser feito foi realizado pelos previdenciários. Berchiol já adiantou, contudo, que muitos serviços ainda não foram computados e que será feita uma nova avaliação para se obter um número mais preciso.

Em acordo firmado para o fim do movimento paredista, ficou definido que os profissionais iriam repor o trabalho através de serviços e não por hora parada. Para regular a reposição, foi instituido o SRAR, sistema onde os servidores cadastram os atendimentos extras - fora do serviço cotidiano - para computar a reposição.

Cada atividade é transformada em pontos, no entanto, a lógica utilizada para transformar os serviços realizados em pontos para suprir o acumulado dos dias de greve não ficou clara e os trabalhadores de retaguarda das APS, por exemplo, não foram incluídos.

Berchiol esclareceu, apenas, que cada ponto vale por quatro horas. Além disso, informou que o que interessava aos órgãos de controle eram as execuções dos benefícios que deixaram de ser implementados no período da greve, mas adiantou que vai estudar as queixas da Confederação e limitações do SRAR. O sistema foi instituido através dos memorandos 23, para APS, e 30, para gerências, procuradorias e superintendências. 

Sindsprev/PE

O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev) fez reuniões em APS para ouvir dos servidores e gerentes os principais problemas enfrentados diante das limitações do sistema e reivindicar o aperfeiçoeamento efetivo para que todos os servidores sejam abarcados de forma justa e criteriosa no sistema de reposição. Os encontros deverão continuar a acontecer nos próximos dias e os filiados também poderão mandar críticas e sugestões para o sindicato através de email, telefone ou na sede.