CUT quer mudanças nas políticas monetária e fiscal
12º CONCUT
Central quer mudança nas políticas monetária e fiscal
Escrito: CUT
O 12º Congresso Nacional da CUT (CONCUT) entra em seu terceiro dia nesta quinta, dia 15/10, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. O Sindsprev/PE está participando do congresso com uma delegação de sete delegados.
Nos debates realizados hoje(15), pela manhã, foram discutidas propostas para uma nova política econômica para o Brasil, que privilegiem o desenvolvimento sustentável e a geração de emprego e renda.
Ainda na parte da manhã, a Central divulgou seu relatório para a Comissão Nacional da Verdade. Nele, a CUT elenca uma série de denúncias de crimes do regime militar contra trabalhadores e trabalhadoras.
Vagner e Solaney (de vermelho) na apresentação do relatório da Comissão da Verdade
O presidente da CUT, Vagner Freitas, abriu a programação e anunciou a divulgação do relatório final produzido pela CUT para a Comissão Nacional da Verdade. A Comissão foi instalada pelo governo Lula para resgatar os crimes da ditadura.
" Essa nossa iniciativa faz parte do sindicalismo inovador da CUT, que não se prende apenas a reivindicações salariais, mas que trabalha pela transformação da sociedade " , disse Vagner. No relatório, a Central descreve a perseguição da ditadura contra trabalhadores e trabalhadoras que atuavam no movimento sindical.
O secretário nacional de Políticas Sociais da CUT, Expedito Solaney, explica que o relatório da CUT traz dados que não foram coletados ou registrados pela Comissão Nacional da Verdade oficial. As denúncias nele contidas " mostram ataques, torturas e mortes a trabalhadores e trabalhadoras que faziam greve e organizavam os companheiros no local de trabalho " .
A Secretaria de Políticas Sociais é responsável pela produção do relatório, junto com o Centro de Documentação e Memória (Cedoc).
Muitas empresas, multinacionais inclusive, financiaram a ditadura no Brasil, por interesses imperialistas. A denúncia é reiterada durante apresentação do relatório da Comissão da Verdade da CUT. Destaque para a Volkswagen, que até hoje não reconhece essa sua atuação.
A coordenadora da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, Tereza Lajolo, fez relato sobre os crimes da ditadura que ela presenciou como militante, à época, e que denunciou como relatora da CPI do Cemitério de Perus (SP), na década de 1990.
Em Perus foi encontrado, durante o governo de Luiza Erundina (89-93), um depósito de ossos de militantes desaparecidos pela ditadura.
Tereza lembra que os militantes de esquerda eram mortos e depois queimados ou, então, tinham seus cadáveres preenchidos com pedras antes de serem jogados nos rios ou nos mares