Trabalhadores da base da CNTSS participam de ato


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Dirigentes e trabalhadores da base da CNTSS participam das mobilizações contra PL 4330 da terceirização



 

 

Dirigentes da CNTSS/CUT e dos sindicatos filiados à entidade estão representando as várias categorias profissionais do Ramo nos atos realizados em Brasília pela CUT Nacional, em parceria com centrais sindicais, contra o Projeto de Lei 4330 e seus efeitos para a classe trabalhadora. O PL trata da terceirização e da precarização das relações de trabalho através da subcontração de serviços. 

 

Estão representado a direção da Confederação o seu presidente, Sandro Cezar; a secretária de Mulheres, Maria Aparecida Faria, também secretária Geral adjunta da CUT Nacional; os diretores Executivos Luiz Carlos Vilar, José Bonifácio Santos, Renato Almeida de Barros e Mauro Plácido Ribeiro. Além do grupo de dirigentes, vários sindicatos filiados à Confederação enviaram trabalhadores da sua base para participarem dos atos em Brasília.


O Sindsprev de Pernambuco enviou oito diretores para fortalecer a luta na capital federal. Participam das manifestações os seguintes dirigentes: José Bonifácio,  Marcondes Carneiro; Esdras Soares; Paulo Alves (Saloá); José Carlos Tavares (Carlão); Izabel Fabrício; Laura Stéfano e Magali Rodrigues

 

A ação dos trabalhadores cutistas teve início logo pela manhã da terça-feira, dia 07/04, com uma concentração na área de desembarque do Aeroporto Internacional Juscelino Kubistschek, de Brasília. Na ocasião, os manifestantes portavam cartazes e faixas contrárias ao PL 4330 que eram expostos aos parlamentares no momento da chegando de seus Estados. Os trabalhadores deixaram claro o descontentamento com o projeto de lei que flexibiliza as relações de trabalho favorecendo o empregador em detrimento do empregado.


 

Ainda pela manhã do dia 07/04, Vagner Freitas, presidente da CUT Nacional, tentou interceder em nome dos trabalhadores junto ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), para negociar o adiamento da votação do PL 4330. A resposta negativa do parlamentar veio acompanhada da ação truculenta de colocar policiais militares para reprimir a manifestação e evitar que qualquer manifestante pudesse circular livremente pelas galerias da Câmara.

 

Esta mesma Polícia Militar agiu de forma brutal contra dirigentes e militantes cutistas e de movimentos sociais  que participavam de forma democrática e pacifica dos atos realizados na Esplanada dos Ministérios. O confronto com os policiais causou grande alvoroço e ferimentos em vários manifestantes. Uma atitude que foi veemente repudiada pelas lideranças sindicais, sociais e os demais trabalhadores presentes à manifestação, num total de cerca de quatro mil participantes.

 

De acordo com jornalistas cutistas que acompanhavam as manifestações, “policiais investiram contra um caminhão de som que deveria ser deslocado para próximo da entrada da Chapelaria, dando início a cenas de violência policial contra os dirigentes e militantes sindicais, com uso de bombas de efeito moral, gás de pimenta, arma de choque e cassetetes. Um manifestante foi gravemente ferido e está hospitalizado. Aos gritos de “Central Única dos Trabalhadores” e “recua, recua…”, os militantes resistiram e controlaram a situação, embora alguns militantes tenham sido presos, espancados e feridos,“ destacam os profissionais da imprensa.


Mesmo com esta reação inesperada, os trabalhadores mantiveram a mobilização e conseguiram com que a votação do PL fosse sendo postergada até o período da noite, quando, às 22 horas, os parlamentares favoráveis ao projeto decidiram dar continuidade aos trabalhos na manhã da quarta-feira, 08. Esta informação foi anunciada depois de muita pressão dos trabalhadores. As bancadas do PT, PSOL e PCdoB se colocaram contrárias ao PL 4330.

 

Mobilização foi mantida na quarta-feira, dia 08/07

 

As lideranças e os trabalhadores iniciaram a quarta-feira, 08/04, mobilizados novamente contra a votação do PL 4330 na Câmara Federal. Os manifestantes se reuniram nas proximidades do Anexo 2 da Câmara desde as 9 h da manhã. Na tarde da quarta-feira, um encontro reuniu os representantes da CUT, de outras centrais e de entidades sociais para discutirem os rumos do movimento.  Já está definido que será realizado um dia de paralisação nacional contra o PL 4330, com data a ser acertada em  reunião.

 

O forte esquema de segurança permaneceu armado para impedir que os manifestantes entrassem na Câmara na quarta-feira. A polícia militar, o Batalhão de Choque e a polícia legislativa estavam a postos para prosseguir com o amplo esquema de segurança iniciado na terça-feira (7). Chegaram ao ponto de fechar com tapumes de madeira vários dos acessos à Câmara.  

 

De acordo com informações da CUT, a proposta do presidente da Câmara é que as emendas ao PL 4330, num total de 20 propostas de alterações, sejam votadas na terça-feira, 14. Depois de aprovado  na Câmara, o projeto vai ao Senado, com votação em dois turnos. Sem alterações, o PL vai para a sanção presidencial. Os representantes de partidos políticos que são contrários ao projeto de lei 4.330 realizaram na quarta-feira, à tarde, ato político do lado de fora do anexo II da Câmara.


Fonte: Assessoria CNTSS/CUT com informações CUT Nacional e CUT DF

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