Políticas para os trabalhadores com deficiência
Coletivo Nacional intensifica discussões sobre deficiência no movimento CUTista
Participaram do encontro representantes de nove CUTs estaduais - Pernambuco, Alagoas, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Amazonas, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
O Coletivo Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT se reuniu nos dias 05 e 06 de dezembro, no Centro de Formação e Lazer do Sindsprev. Participaram do encontro representantes de nove CUTs estaduais - Pernambuco, Alagoas, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Amazonas, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná
O objetivo do encontro é de discutir as políticas voltadas aos trabalhadores com deficiência e incentivar a criação do Coletivo de Pernambuco. No início dos trabalhos, sob a coordenação de Anaíldes Campos Sena e Valter Luiz, do Coletivo Nacional, houve avaliação das últimas deliberações e aprovação da pauta que inclui temas sobre: educação inclusiva, concursos públicos; eleições do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CONADE); Estatuto da Pessoa com Deficiência, hoje chamada de Lei Brasileira de Inclusão (LBI); lei de aposentadoria especial do trabalhador com deficiência e a realização de um seminário de formação em parceria com a Federação Americana do Trabalho e Congresso das Organizações Industriais, em 2015.
Mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência, segundo dados do Censo Demográfico 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 23,9% da população do país. A deficiência visual foi a que mais apareceu entre as respostas dos entrevistados e chegou a 35,7 milhões de pessoas. Porém, nem 1% dos trabalhadores com vínculos empregatícios são deficientes.
Na opinião do secretário de Políticas Sociais da CUT Nacional, Expedito Solaney, é preciso continuar discutindo e aprofundando ainda mais os problemas relacionados aos trabalhadores deficientes dentro do movimento sindical e, principalmente, no contexto da sociedade.
Segundo ele, a acessibilidade e a política pública são reduzidos por quem não compreende amplamente os conceitos e a situação enfrentada pelos portadores de deficiência, como a implementação de rampas e a Lei de Cotas. Para Solaney, é fundamental a iniciativa de cumprir as cotas que garantem a inclusão de trabalhadores (as) no mercado de trabalho, para ampliação do debate.
O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, também participou da reunião e destacou sobre a visibilidade que o encontro proporcionou ao tema, apontando a necessidade de avançar nos debates, plenárias e fóruns da Central em 2015. Veras reafirmou ainda o compromisso da Central, com a luta pelo reconhecimento dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência no mercado de trabalho.
" É possível notar que o Brasil vem apresentando um considerável avanço com relação à empregabilidade de pessoas com deficiência, mas ainda há um enorme caminho a percorrer. Cidadania. justiça social e solidariedade fazem parte do nosso dever casa. Vamos colocar em prática " , assinalou.
O educador Flávio Marinho ressaltou em sua intervenção sobre a experiência do Sindsprev-PE na formação sindical, através de plataforma de educação a distância, cujo objetivo foi de incentivar o uso da ferramenta nas entidades sindicais. “Foi constatado com a experiência do Sindicato que é mostrou possível desenvolver um processo de formação a distância. A plataforma de educação a distância para 2015 estará acessível também para os deficientes auditivos e visuais”, enfatizou. O evento terminou com a Formação do Coletivo da CUT/PE entre outros encaminhamentos.
Fonte: CUT/PE