Sindsprev realizou debate com exibição de filme


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Sindsprev realizou debate sobre racismo e preconceito no Brasil com exibição de filme

 

No dia 24/11, no seu auditório, o Sindsprev-PE promoveu um debate diferente sobre o preconceito racial. Como atividade do mês da Consciência Negra, o evento teve como elemento motivador a exibição do curta-metragem “Vista Minha Pele”. (Assista ao filme no final dessa matéria)


A mesa foi composta pelo coordenador geral José Bonifácio, a diretora de Políticas Sociais Carminha Gomes, além dos(as) diretores(as) Yacellys, Carlão, Tereza, Fátima e Amara. Após as saudações iniciais, cada dirigente fez uma breve abordagem sobre o tema, destacando os avanços nas políticas que visam reduzir a discriminação racial e a desigualdade de acesso ao trabalho e à educação, especialmente às universidades, através de políticas afirmativas, entre elas o sistema de cotas.


Mesmo assim, todos concordaram que o racismo e preconceitos diversos ainda são muito fortes no nosso país. Por isso, é preciso continuar lutando para reduzir a discriminação racial presente em várias áreas, especialmente nas relações de trabalho.




“Vista Minha Pele”


Em seguida foi exibido o filme “Vista Minha Pele”, uma paródia da realidade brasileira que mostra o racismo e preconceito em sala de aula. Só que a história é invertida: os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados.


A personagem Maria é uma menina branca pobre, que estuda num colégio particular graças à bolsa de estudos e sua mãe é faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a discrinam e hostilizam, devido à sua cor e sua condição social. Felizmente, ele conta com o apoio de uma amiga negra, Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade.


Maria quer ser “Miss Festa Junina” da escola, mas isso exige um esforço enorme, que vai desde a predominância da supremacia racial negra (a mídia só apresenta modelos negros como sinônimo de beleza), a resistência de seus pais, a aversão dos colegas e a dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas se envolvem numa série de aventuras para alcançar seus objetivos.


Vencer ou não o Concurso não é o principal foco do vídeo, mas sim a disposição de Maria em enfrentar essa situação. Ao final, ela descobre que, quanto mais confia em si mesma, mais possibilidades ela tinha de convencer outros de sua chance de vencer.


Uma história simples e criativa para discutir, através da paródia, situações do cotidiano, que serve como exercício de colocar-se e sentir-se como o outro, literalmente sentindo seus efeitos na pele.


Quando um personagem racista incorpora a identidade do outro, põe-se no lugar do outro, sente intensamente na sua pele todo o racismo existente em torno de si mesmo. Ou seja, nada como " vestir a pele do outro " para sentir-se no seu lugar.

 

A frase que finaliza o referido episódio é emblemática: " Você não conhece um homem até que tenha caminhado uma milha com seus sapatos " .


Continuidade do debate

 

Após o término do filme, vários participantes expressaram suas visões e opiniões sobre o racismo, o preconceito e a luta contínua para enfrentá-los e superá-los.

 

Outros ampliaram ainda mais a discussão para diversos tipos de preconceitos, além do racial. A discriminação de classe social (contra o pobre), a intelectual (contra os menos escolarizados), a de gênero (contra a mulher), a religiosa, a de opção sexual e também entre integrantes de uma mesma raça (negro x negro).

 

Assista ao vídeo “Vista Minha Pele” (25 min), dirigido pelo cineasta Joel Zito Araújo e produzido pela Casa de Criação/ Centro de Estudos da Relação de Trabalho e Desigualdade (Ceert). 


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