Servidores do MS em greve participam de ato
Servidores do MS em greve participam de manifestação
Os servidores do Ministério da Saúde (MS) em Pernambuco que decretaram greve na segunda, 30/07, participaram do ato público convocado pela CUT em apoio às greves das categorias do serviço público federal. A manifestação foi realizada na terça, 31/07, na Praça da Independência, Centro do Recife.
O ato reuniu professores das Universidades Federal e Rural de Pernambuco, do Instituto Federal de Educação, funcionários do Incra; Anvisa; IBGE; policiais civis; servidores de várias instituições ministeriais e estudantes A mobilização também tem objetivo de repudiar o Decreto 7777 do Governo Federal, que prevê a substituição dos servidores públicos federais em greve por funcionários estaduais e municipais.
Para o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, a medida imposta pelo Governo Dilma atropela o processo de diálogo e vai na contramão da legitimidade de uma paralisação em defesa de salários e direito. Ele lembrou que o confronto se agrava devido à posição do governo que utiliza o argumento de que não pode dar reajuste para não aumentar os gastos públicos.
O presidente da CUT voltou a defender um espaço permanente de diálogo, que vinha sendo construído com o compromisso e o protagonismo da Central, através da regulamentação da Convenção 151 da OIT, que estabelece a negociação coletiva no serviço público.
O coordenador do Sindsprev-PE, José Bonifácio, destacou que a greve unificada no serviço público está muito forte e que as categorias não vão enfraquecer, mesmo com a atitude do governo de ameaçar cortar o ponto e substituir os federais em greve.
Greve na Saúde – Segundo o dirigente do Sindsprev, o atendimento nos hospitais públicos de Pernambuco não deve paralisar por completo, já que o Estado trabalha com servidores municipais, estaduais e federais nesses locais.
Algumas das instituições que poderão apresentar problemas no atendimento na capital são os hospitais Barão de Lucena, no bairro da Iputinga, e Agamenon Magalhães, em Casa Amarela, que possuem, cada um, cerca de 300 servidores públicos federais atuando, entre médicos, técnicos e auxiliares de enfermagem, técnicos de radiografia e de análises clínicas.
O coordenador ainda explica que o Ministério do Planejamento cancelou as reuniões marcadas. " Estávamos com reunião marcada e ontem nos avisaram que novos encontros só deverão ser realizados entre 13 e 17 de agosto. É um descaso com a categoria " , informa.