CUT critica alterações na aposentadoria


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CUT critica alterações na aposentadoria dos servidores públicos federais

 

 

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Pernambuco (Sindsep), Sérgio Goiana, criticou ontem as alterações que o governo federal fez na aposentadoria dos servidores públicos federais. “É inadmissível que um governo popular aprove essas medidas sem uma discussão com a sociedade”, afirmou.

 

O governo quer limitar a aposentadoria dos novos servidores da União ao teto do INSS (R$ 3.916,20) e criou um fundo que tem a finalidade de complementar a aposentadoria deles. Hoje, os funcionários públicos federais têm a aposentadoria no valor integral do salário.


A “surpresa” da votação que ocorreu no Congresso, segundo Goiana, foi o fato de que partidos que sempre foram contrários a alteração da aposentadoria do funcionalismo público federal, como o PT, PSB e PCdoB, tiveram parlamentares que votaram a favor da mudança.


 “Vamos cobrar coerência dos parlamentares que elegemos com um discurso que na hora da eleição não foi esse”, disse. Nos oito anos de governo do PSDB, o PT foi contra as alterações que deixariam os funcionários públicos federais com um limite de aposentadoria, como ocorre na iniciativa privada.


“O governo mudou de posição, mas a CUT e os sindicatos vão continuar defendendo o trabalhador. Isso vai ter uma reação nas urnas, porque a massa que raciocina e pensa, não vai mais votar no PT”, comentou.Para Goiana, o governo federal está “entregando aos bancos privados a aposentadoria do funcionalismo da União”.


Sindsprev-PE -  O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais da Saúde e Previdência em Pernambuco (Sindsprev-PE), José Bonifácio do Monte, considera “um risco” a criação de um fundo para complementar a aposentadoria dos servidores da União.


“Isso não é bom, porque não dá segurança ao trabalhador. Se esse fundo não der certo quem é que vai pagar por isso?”, questionou, acrescentando que nesse caso os servidores ficarão sem o complemento da aposentadoria.


“Também estamos preocupados, porque serão criados três tipos de previdência privada (os fundos que vão complementar a previdência). Uma para o Legislativo e Tribunal de Contas da União. Outra para o Executivo e uma terceira para o Judiciário. Com certeza, a pior será a do Executivo”, concluiu.

 

Fonte: Jornal do Commercio – edição 1º de março de 2012

 

 

 

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