Fusão


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Fusão da Previdência com Trabalho divide servidores

 

O boato, cada vez mais forte, de que a presidente Dilma solicitou ao MPOG um estudo sobre a viabilidade de uma fusão envolvendo o ministério da Previdência Social com o ministério do Trabalho e Emprego, já causa debate entre os servidores.

 

De um lado os do INSS, que se dizem “prejudicados” se esta fusão ocorrer e de outro, os do Trabalho que “sonham” ingressar na carreira do Seguro Social, com mais do que o dobro dos vencimentos atuais.

 

Pelo estudo do governo, desde 2010, não mudaria nada, permanecendo os servidores do Trabalho na mesma carreira, da Previdência, Saúde e do Trabalho, com os vencimentos atuais.

 

 O ministério da Previdência tem atendido muitos servidores que se mostram contrários à fusão e informa que desconhece este assunto. Entre 2009 e 2010, os servidores do MTE fizeram uma longa greve de mais de 200 dias e não negociaram nada como o governo, tendo que compensar mais de mil horas até 2012.

 

No governo esta fusão ganhou corpo com o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, não escondendo sua antipatia pelo ministro Carlos Lupi, considerado um falastrão pelo governo e que não tem outra atitude senão beneficiar seus aliados do PDT, galgando também muitas denúncias de corrupção à sua pasta.

 

A economista Luana Tradh, do PNEST, acredita que essa fusão seria benéfica ao país, pois “reestrutuaria os dois ministérios fazendo com que funcionasse de maneira conjunta, economizando tempo e dinheiro ao mesmo tempo em que atuaria nas três pontas, trabalho, benefícios e aposentadoria significando melhores atendimentos e resultados”.

 

Quanto aos salários, Luana se disse favorável ao ingresso dos servidores do Trabalho na Carreira do INSS, “não faz sentido essa fusão sem uma intersecção salarial isonômica.

 

Todos ganham com essa fusão. Cabe esclarecer que os servidores do INSS não fazem parte da Carreira da Previdência, Saúde e do Trabalho e sim do Seguro Social, com vencimentos, no nível médio, alcançando entre 5 e 7 mil reais mensais, enquanto que no MTE a média fica entre 2 e 2,5 mil reais.”.

Alheio à boataria e possíveis investigações pelo Ministério público, o ministro do Trabalho Carlos Lupi, cada vez menos “prestigiado” nas hostes do poder, não se mostra preocupado com o que ele chama de “boatos maldosos”, e prossegue, como sempre, apresentando apenas dados referentes à empregabilidade no país, como se fosse ele o responsável pela geração de empregos.

 

No Congresso Nacional, a idéia desta “fusão” deixa os parlamentares do PDT pouco confortáveis e alguns deixam claro que se isso ocorrer será culpa exclusiva de Carlos Lupi, inábil nas relações de poder e refém de sindicalistas pouco escrupulosos.

 

Fontes: ANDRÉ ALBUQUERQUE, PUBLICAL - VÂNIA RITTER, INFO DF

 

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