Mobilização e caminhada na luta por ganhos reais
Mobilização e caminhada na luta por ganhos reais
O Dia Nacional de Mobilização da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em luta por ganhos reais e dos movimentos sociais (MST, Fetape, Central de Movimentos Populares, Marcha Mundial de Mulheres e Via Campesina), foi bastante expressivo, com caminhada e panfletagem, em Pernambuco.
Participaram da mobilização sindical entidades representativas dos servidores públicos federais, estaduais e municipais, além dos trabalhadores petroleiros, metalúrgicos; químicos, gráficos; aeroportuários; aeroviários; agentes comunitários de saúde; associações de classe e de bairros.
A concentração foi pela manhã na Praça Osvaldo Cruz, bairro da Boa Vista/Recife. Bandeiras, banners, faixas, carro de som, trio elétrico e a TV Sindical impulsionaram ainda mais a atividade cutista.
Antes da caminhada, atores da TV, representados nas figuras do “Pai Cifrão” e da presidenta Dilma Roussef, fizeram uma apresentação ao ar livre, com “falações” marcadas pelo bom humor e irreverência.
O relógio apontava 11 horas. Mesmo com o sol encoberto, os trabalhadores se posicionaram e em seguida partiram em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista com destino a Praça do Carmo.
Os representantes da Fetape, Doriel Barros, e do MST, Jaime Amorim, afirmaram que o Dia Nacional de Mobilização era a hora de começar a virada para exigir dos governos Eduardo Campos e Dilma políticas que atendam às reivindicações dos trabalhadores, no que diz respeito à reforma agrária efetiva, políticas agrícolas de comercialização e distribuição, fortalecimento da agricultura familiar, entre outras.
O presidente da CUT-PE, Sérgio Goiana, ressaltou que o objetivo da mobilização foi de mostrar que a população quer mais mudanças no Brasil. Além disso, as atividades do Dia Nacional de Mobilização tiveram como objetivo principal pressionar os empresários e o governo federal, os governos estaduais, as prefeituras, os parlamentares para que eles atendam as reivindicações e promovam as mudanças que o Pais necessita.
“Não podemos aceitar os argumentos da classe patronal de que o aumento de salário gera inflação. Há fatores que pressionam a inflação como, por exemplo, impostos, a falta de concorrência na produção e venda de produtos, preços altos nas tarifas dos serviços públicos e as altas taxas de juros. Nas campanhas salariais do segundo semestre, a nossa luta deve ser pautada por ganhos reais, porque o salário não é vilão da inflação”.
Fazem parte da campanha os seguintes eixos: redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário; combate à precarização e à terceirização; contra as privatizações; reforma política e tributária; aprovação do Plano Nacional de Educação em 2011; por uma nova estrutura sindical com o fim do imposto e com liberdade e autonomia; implementação da agenda do trabalho decente; reforma agrária e políticas agrícolas.
Fonte: CUT Pernambuco