Assistentes sociais realizaram paralisação de 24 horas
Assistentes sociais realizaram paralisação de 24 horas
No dia 01/03, assistentes sociais do INSS realizaram uma paralisação de 24 horas em defesa da jornada de 30 horas, sem redução salarial. Organizado pelo Sindsprev-PE, o ato público ocorrido pela manhã, em frente à Superintendência Regional Nordeste do INSS contou com a participação expressiva da categoria de Recife, Olinda, Paulista, Barreiros, Garanhuns, Caruaru, Afogados da Ingazeira, além da Paraíba.
Os manifestantes, com camisas padronizadas, faixas, apitos, narizes de palhaço, fecharam a Rua Siqueira Campos durante 15 minutos e distribuíram carta aberta à população.
Durante o ato, foi apresentada uma encenação teatral e cantada a música de Capiba “Madeira que cupim não rói”, adotada como hino da luta do serviço social. “E dizer bem alto que a injustiça dói, nós somos madeira de lei que cupim não rói”.
Depois da manifestação, uma comissão da categoria foi recebida pelo superintendente regional Nordeste do INSS, André Fidelis, que ouviu as explicações dos motivos do movimento. Apesar de reconhecer que a lei deve ser respeitada, o superintendente afirmou que deve cumprir a orientação normativa do Ministério do Planejamento.
Logo após o carnaval, uma comissão de assistentes sociais volta a se reunir no Sindsprev, para avaliar o movimento e a reunião com o superintendente e definir encaminhamentos para a continuidade da luta.
Os assistentes sociais protestaram contra o descumprimento da Lei 12. 317/2010, que prevê a jornada de trabalho de 30 horas sem redução salarial. No dia 02/02, o Ministério do Planejamento publicou Orientação Normativa Nº 01/2011, instituindo a jornada opcional de 30 horas, porém com redução proporcional da remuneração.
Além de dirigentes do Sindsprev, participaram também do ato de protesto, assistentes sociais da UFPE, estudantes de Serviço Social, representantes da Associação de Parkinson de PE, Conselho Regional de Serviço Social (CRESS).
Estresse e indignação
A medida do governo provocou indignação aos trabalhadores e trabalhadoras do serviço social, que sofrem com o processo de adoecimento devido ao intenso ritmo de trabalho e pressão a que estão submetidos, além da natureza do tipo de função que realizam. Assim como alguns profissionais de saúde, a categoria apresenta um dos maiores índices de estresse, fadiga mental, doenças ocupacionais, desgaste físico e psicológico.
No INSS já existem outras categorias contempladas com a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; a exemplo de jornalistas, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.
Leia notícia publicada no jornal Folha de Pernambuco no dia 2 de março de 2011.
Veja fotos da paralisação: