Falta de médicos provoca protesto


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HOSPITAL DE AREIAS


Falta de médicos provoca protesto


Realizada  na última quarta-feira, 09/02, a manifestação reuniu cerca de 150 servidores e teve o apoio do Sindsprev-PE.

Um hospital sem médicos. Desde abril do ano passado, servidores e pacientes sofrem com a situação do atendimento do Hospital Geral de Areias (HGA), no bairro de mesmo nome, Zona Sul do Recife. Na unidade faltam médicos de várias especialidades. Ontem ( 09/02), o Conselho Gestor do hospital, pacientes e entidades realizaram um ato público em frente ao ambulatório do local para protestar contra a situação.

Os funcionários denunciaram a falta de cardiologistas, ortopedistas, psiquiatras e até cirurgiões. “Além, disso, temos apenas um clínico geral trabalhando nos plantões”, disse um dos membros do Conselho Gestor José Carlos Tavares.


Segundo ele, também faltam medicamentos e materiais para curativos, como esparadrapos. “Os remédios que temos são apenas para os pacientes internados e os da emergência. Se chegar alguém precisando de uma medicação, não temos condições de fazer nada.”

Os moradores da comunidades vizinhas ao HGA são os mais prejudicados. “Houve uma época em que o atendimento aqui era bom, mas de um tempo pra cá ficou desse jeito. Quando precisamos de um médico temos que ir até a UPA da Imbiribeira, mas nem sempre temos dinheiro para a passagem do ônibus”, disse a dona de casa Andressa Lopes.


“Muitas vezes a gente vem até aqui e volta pra casa com o mesmo problema, porque não tem médico pra cuidar da gente”, reclamou a manicure Edicleide da Rocha.


No terreno do hospital também existe uma obra parada, onde seria construída a nova sede do Programa de Atendimento ao Idoso (PAI), que atualmente funciona em uma sala do HGA e atende 480 pessoas. “Essa obra está parada há mais de três anos e até agora ninguém explicou o motivo”, disse uma das participantes do PAI Maria de Fátima Monteiro.


Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde admite que alguns profissionais do ambulatório do HGA se aposentaram, porém, na emergência, os plantões estão completos em todos os dias da semana, com três clínicos, três pediatras e dois dentistas.


“O hospital encontra-se em processo de transferência de gestão para a Prefeitura do Recife. Já foi criada uma comissão para implementar a mudança, que deverá ocorrer em um prazo de três meses. Dessa forma, as medidas de estruturação do hospital, assim como obras serão discutidas com a Secretaria de Saúde do Recife”, conclui a nota.

 

Fonte: Jornal do Commercio - Publicada dia 10/02/2011

 

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