Conscientização e estratégias para enfrentar demissões da volks
Durante esta semana sindicalistas visitam as cinco plantas da montadora VolKs no Brasil para conscientizar os metalúrgicos sobre os danos que as possíveis demissões anunciadas pela direção da empresa poderão gerar. As conseqüências como a terceirização e redução de custos em até 25% estão sendo explicadas. Estima-se que 245 mil postos de empregos possam ser aniquilados considerando os 27 setores envolvidos na produção de um carro. No Brasil a previsão é de que ocorram 5.773 demissões.
Desde ontem (8), representantes do Comitê Nacional dos Trabalhadores na Volks estão na Alemanha, onde está em risco 20 mil postos de empregos, para definir com o Comitê Mundial formas de enfrentar o plano de reestruturação anunciado pela empresa.
Em entrevista ao Portal do Mundo do Trabalho, Luiz Carlos Dias, da Comissão de Fábrica da Volks em São Bernardo e da Comissão Nacional dos Trabalhadores, esclarece que a reunião que acontece na Alemanha é entre trabalhadores.
A próxima que será no México reunirá sindicalistas que atuam nos locais onde a empresa tem planta. “A partir desses encontros serão traçadas estratégias de resistência. Não descartamos a possibilidade de greve se for necessário. Usaremos todas as nossas formas de luta. Essa situação nada mais é de que um ataque neoliberal partindo de uma empresa privada que não conseguiu atingir sua meta por meios governamentais e agora tenta via direitos trabalhistas”, enfatiza.
Na última sexta-feira (5) o Comitê lançou um manifesto repudiando as demissões. O documento diz que os trabalhadores não podem mais sofrer os resultados de crises pelas quais não têm a menor responsabilidade. “Queremos o direito de trabalhar em paz, com dignidade e respeito. Nossa luta é pelo desenvolvimento e por justiça”, conclui o manifesto.
Fonte: CUT Nacional