O Sindsprev está em luta contra a atual proposta do PGD do INSS


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O Programa de Gestão de Desempenho (PGD) do INSS tem sido um dos temas centrais das discussões entre servidores, sindicatos e o governo. A implementação desse modelo de trabalho trouxe à tona uma série de questionamentos sobre as condições laborais e a sustentabilidade das metas estabelecidas. O Sindsprev-PE, representado pelo coordenador geral Luiz Eustáquio, tem se empenhado em discutir o tema em diferentes esferas, levando as preocupações da categoria a reuniões com autoridades como o ministro Carlos Lupi e a superintendência do INSS em Pernambuco.

Um dos principais pontos de crítica ao PGD é a pressão excessiva que recai sobre os servidores. As metas de produtividade, ao invés de otimizarem o trabalho e garantirem um serviço mais eficiente à população, têm resultado em uma sobrecarga extrema. Muitos trabalhadores relatam que a exigência de cumprimento dessas metas não leva em consideração a complexidade dos processos, a diversidade dos atendimentos e a necessidade de análises cuidadosas para evitar erros que possam prejudicar os segurados do INSS.

Além disso, o sistema de bonificação por produtividade, que apesar de não estar mais ativo no momento, deveria funcionar como um incentivo, se tornou um fator adicional de desgaste. O desejo de aumentar a renda empurra os servidores a jornadas extenuantes, ultrapassando os limites do corpo e da mente. O resultado foi uma crescente incidência de burnout e exaustão física e emocional entre os trabalhadores do INSS. O cenário atual revela uma categoria fragilizada, que enfrenta não apenas a pressão por desempenho, mas também a falta de estrutura adequada para a realização do trabalho com qualidade.

O Sindsprev-PE tem atuado para denunciar esses problemas e buscar soluções que beneficiem tanto os servidores quanto os segurados do INSS. Em suas reuniões e articulações com entidades como a CNTSS, a preocupação central tem sido garantir que as políticas implementadas levem em consideração o bem-estar dos trabalhadores. A luta do sindicato não é contra a existência do PGD, mas sim contra a sua aplicação desmedida e sem garantias de condições justas para os servidores.

Outro ponto fundamental que precisa ser debatido é a transparência na gestão do programa. Muitos servidores se queixam da falta de clareza na definição das metas e da ausência de diálogo para ajustes que tornem o trabalho viável. A imposição unilateral de exigências sem um planejamento adequado resulta não apenas no adoecimento dos profissionais, mas também na deterioração da qualidade do atendimento prestado à população, que acaba sofrendo com processos demorados e decisões precipitadas.

A luta do Sindsprev-PE e de outras entidades sindicais não se limita às reuniões com representantes do governo. A mobilização da categoria e a conscientização da sociedade sobre os impactos negativos do modelo atual do PGD são estratégias essenciais para pressionar por mudanças concretas. É necessário que haja um reequilíbrio entre produtividade e qualidade de vida, garantindo que os servidores do INSS possam exercer suas funções de maneira digna e eficaz.

Diante desse cenário, fica evidente que o atual formato do PGD precisa de ajustes urgentes. É fundamental que haja uma revisão das metas, uma reestruturação do modelo de bonificação e um compromisso real do governo em assegurar melhores condições de trabalho. O INSS, enquanto instituição essencial para a garantia de direitos sociais, deve priorizar a qualidade do atendimento e a valorização dos profissionais que sustentam o seu funcionamento. Caso contrário, a tendência é que o desgaste dos servidores se agrave, comprometendo não apenas suas vidas, mas também o serviço prestado à população brasileira.

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