Declaração polêmica sobre o PGD gera revolta entre servidores do INSS
A recente reunião sobre o Programa de Gestão por Desempenho (PGD) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) gerou grande insatisfação entre os servidores após a declaração do diretor de Governança, Planejamento e Inovação, Ismênio Bezerra. Durante o encontro, Bezerra afirmou: “Quem não quer trabalhar vai entrar em depressão, sabe?”. A fala foi amplamente reprovada pelos servidores, causando imediata repercussão no ambiente organizacional.
O ocorrido trouxe à tona um problema recorrente no setor público: o assédio institucional e a falta de empatia com as condições de trabalho dos servidores. A declaração de Bezerra expõe uma visão reducionista sobre questões essenciais como desempenho, motivação e saúde mental, ignorando os desafios psicológicos que afetam o cotidiano dos trabalhadores do INSS.
A imposição de metas cada vez mais rigorosas, sem o devido suporte e sem considerar as condições estruturais da instituição, tem gerado um ambiente de pressão e desvalorização do servidor. A gestão por desempenho deve ser implementada com responsabilidade, garantindo condições adequadas para que os trabalhadores possam exercer suas funções sem prejuízo à sua saúde e à qualidade do serviço prestado à população.
A liderança em órgãos públicos deve ir além da cobrança por produtividade. Gestores precisam estar preparados para lidar com a realidade dos servidores, adotando uma abordagem mais humana e compreensiva. Estudos mostram que a comunicação empática e a valorização do profissional impactam diretamente na eficiência e na motivação da equipe. Ao ignorar essas questões, cria-se um ambiente de desconfiança e desgaste, prejudicando não só os servidores, mas também a população que depende dos serviços do INSS.
Diante desse cenário preocupante, o Sindsprev-PE reforça seu compromisso com a defesa dos direitos dos servidores e com a luta por condições dignas de trabalho. A entidade já está em movimentação em Brasília, articulando junto aos parlamentares para impedir que o PGD seja implementado da forma como está sendo proposto, garantindo que os interesses dos trabalhadores sejam respeitados e protegidos.