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O Sindsprev-PE tem manifestado forte insatisfação em relação à Portaria nº 1.800, que instituiu o Programa de Gestão e Desempenho (PGD) no âmbito do INSS. Publicada no último dia de 2024, a medida estabelece critérios e pontuações para a atividade profissional dos servidores, abrangendo tanto os que atuam presencialmente quanto os que estão em regime de teletrabalho parcial ou integral. No entanto, a portaria tem gerado críticas devido à falta de diálogo na sua elaboração e à imposição de metas consideradas desumanas.

Na última quarta-feira, 22, o Sindsprev-PE realizou uma reunião híbrida com os servidores do INSS de Pernambuco para debater a nova portaria. A reunião contou com a presença do coordenador geral Luiz Eustáquio, do advogado Cláudio Ferreira e de quase 100 servidores conectados pela plataforma Zoom. Durante o encontro, foi destacada a insatisfação dos trabalhadores com o PGD, que tem gerado exaustão e casos de burnout.

O sindicato aponta que a elaboração do programa desconsiderou experiências e saberes acumulados pelos servidores ao longo dos anos. Apesar de as entidades sindicais terem apresentado propostas de alterações durante reuniões realizadas em novembro de 2024, estas não foram acatadas pela gestão do INSS, evidenciando, segundo o sindicato, um desrespeito às condições de trabalho da categoria.

Outro ponto crítico é a deficiência dos sistemas tecnológicos utilizados pelo INSS. Falhas frequentes prejudicam o andamento ágil das análises de benefícios, obrigando os servidores a permanecerem conectados por longos períodos para tentar cumprir as metas, o que acarreta elevado desgaste físico e emocional. O sindicato ressalta que, sem investimentos em sistemas eficientes e seguros, o alcance das metas será inviável, independentemente da pressão exercida sobre os servidores.

Entre os principais problemas apontados estão:

• Cobrança de metas desproporcionais para servidores em regime presencial;
• Percentuais e critérios restritivos para adesão ao teletrabalho;
• Punições financeiras e administrativas para o não cumprimento das metas;
• Exigência de cumprimento integral das metas para evitar penalizações.

O Sindsprev-PE reforça que uma administração moderna deve priorizar a produtividade com base em recompensas e na colaboração coletiva, em vez de utilizar métodos baseados em punições. Segundo a entidade, o modelo atual adotado pelo INSS, que eles classificam como a "metodologia do chicote", contraria os princípios de uma gestão eficiente e humanizada.

Em articulação com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), o sindicato busca abrir um canal de diálogo com a presidência do INSS e o Ministro da Previdência para discutir ajustes necessários à portaria. O objetivo é construir um modelo de gestão que seja mais justo para os servidores e que atenda às demandas da sociedade.

A questão segue como uma prioridade nas pautas do Sindsprev-PE, que irá realizar uma nova reunião com os servidores amanhã, às 14h, de forma presencial, na sede do Sindsprev. O sindicato reafirma o compromisso com a defesa dos direitos da categoria e com a busca por soluções que promovam um INSS mais eficiente e humanizado.

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