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No ano em que celebra seus 66 anos de vida, o hospital Barão de Lucena tem pouco o que comemorar. O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) interditou, no último dia 18, serviços do Hospital Barão de Lucena (HBL). O Cremepe explicou que a decisão foi tomada após vistoria no local que constatou diversos problemas, como desabastecimento grave de medicamentos e insumos básicos.

A interdição cautelar ética parcial suspende o trabalho médico nos internamentos para cirurgias eletivas programáveis, com exceção das oncológicas, para pacientes com câncer. Com isso, todas as cirurgias que possuem a possibilidade de serem adiadas ou transferidas para outras instituições não devem mais ocorrer no HBL. De acordo com o conselho, condições de trabalho precárias também foram identificadas, com relatos, inclusive, de cotinhas para compras de medicamentos.

Para Marcondes Carneiro, diretor do Sindsprev-PE e servidor do HBL, os servidores que são extremamente qualificados sofrem com a falta de recursos por parte do governo do estado: “Nós do sindicato sempre tivemos o compromisso com a saúde e com o SUS. Estamos cobrando as autoridades para que possam realocar recursos para que o hospital possa voltar a atender com qualidade a todos os usuários do SUS.” afirmou o diretor.

Além dos servidores, quem também sofre a falta de recursos do hospital é a própria população. De acordo com Maria Eduarda, usuária frequente do Barão de Lucena, o diferencial do estabelecimento é a qualidade do atendimento: “Ano passado precisei ser internada aqui para ter o meu bebe e fui muito bem atendida pelos médicos e enfermeiros. Mas infelizmente não tive acesso a alguns remédios de que precisava porque o governo não estava oferecendo.” afirmou a jovem.

O Sindsprev-PE vai permanecer acompanhando de perto a situação do Hospital Barão de Lucena e cobrar que ele possa voltar a funcionar  com os recursos necessários para prestar um atendimento de alta qualidade para toda a população pernambucana.

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