Memórias de uma consciência Negra: conheça a história de Dandara dos Palmares


icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin icone email


O Sindsprev-PE, bem como o Núcleo de Combate ao Racismo, tem em sua história de lutas, a exaltação de negras e negros que fizeram história em Pernambuco, no Brasil e no mundo. Por causa disso, no mês da consciência negra, vamos apresentar a cada semana uma pessoa que inspira o povo negro para a luta e resistência por direitos, igualdade e justiça. Confira abaixo, no quadro “Memórias de uma consciência negra", a história de Dandara dos Palmares. 

A negra Dandara, apesar de possuir uma história pouco conhecida, foi uma líder quilombola em tempos de escravidão. No maior quilombo da história do Brasil, o quilombo dos Palmares, junto com seu marido Zumbi, liderou refugiados e organizou revoltas contra os portugueses.

A guerreira, como é conhecida, influenciou bastante pela forma como administrava o quilombo. Junto com Zumbi, teve três filhos: Motumbo, Harmódio e Aristogíton, além dessas informações, não se encontram detalhes sobre a vida pessoal do casal. No dia 24 de abril de 2019, Dandara foi incluída no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria por seu papel em Palmares. Sua inclusão se deu por meio da lei nº13.816.

Além de liderar os soldados palmaristas para a luta contra os opressores, ela também ajudava na manutenção do quilombo, trabalhando nas colheitas e na caça. Em 1694 foi capturada pelos portugueses, e, para não ser escravizada, cometeu suicídio. 

As poucas informações sobre a guerreira, não confirmam se ela nasceu no Brasil ou na África e nem tampouco a data do seu nascimento. Suspeita-se entre os historiadores que ela tenha nascido no Brasil e seja filha de uma africana escravizada e que se uniu ao quilombo dos Palmares ainda criança. 

Sabe-se também que era capoeirista e que rejeitou o acordo costurado com Ganga Zumba, filho da princesa Aqualtune e irmã de Sabina, mãe de Zumbi, que cansado de diversas batalhas em busca de salvar o quilombo, em 1678, fez acordo com o governador Pedro de Almeida para que ele libertasse alguns de seus parentes e que não atacasse mais o quilombo, em troca disso, o quilombo não receberia mais escravizados fugidos das fazendas e se mudaria para o Vale do Cacaú. O ato dividiu opiniões, Dandara foi contra e influenciou Zumbi e grande parte do quilombo. Ganga Zumba foi assassinado e Zumbi assumiu a liderança.

« Voltar