Privatizações estão em desvantagem no governo atual mas é preciso ficar atento à cada movimento em torno disso


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Que o cenário dos órgãos públicos em relação ao risco de serem privatizados está melhor do que no governo anterior, isso não é novidade. Desde que o governo Lula tomou posse, um dos compromissos do presidente em relação à temática foi o de não privatizar os órgãos públicos contrariando a bandeira hasteada pela gestão anterior que chegou a privatizar órgãos como a Eletrobras, Liquigás, entre outras e quase fez o mesmo com a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Correios, Petrobras e a Casa da Moeda.

De acordo com Lula, os planos de Bolsonaro foram cancelados e os órgãos continuarão a ser geridos pelo governo. Contudo, o projeto deixou seus herdeiros nos estados e é preciso estar atento a movimentação em torno disso. 

Segundo a economista Marilane Teixeira, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho, do Instituto de Economia da Unicamp,“A ideia de privatizar é transformar algo em uma mercadoria qualquer. Ou seja, se eu tenho dinheiro, eu compro e tenho acesso, se não tenho, fico sem. Serviços essenciais para a população, como água e transporte público, são subsidiados pelos governos. Essa é a função do Estado para que todo mundo tenha acesso. As pessoas já se deram conta disso, e é preciso aproveitar esse momento de consciência da sociedade para enterrar esse tipo de projeto”, afirma.

Segundo a vice-presidenta da CUT, Javandia Moreira, há um entendimento da sociedade em geral que as empresas, caso privatizadas, vão encarecer a cobrança dos seus serviços. 

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