Servidores da educação sofrem com crescimento de problemas que afetam a saúde mental


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O dia 15 de outubro é marcado como o Dia do Professor, criado com o intuito de homenagear esse profissional de tão grande importância no desenvolvimento de todos os seres humanos, pois é ele que alfabetiza e ensina as principais áreas do conhecimento às pessoas, durante sua formação escolar. Foi criado em 1963, no governo de João Goulart. 

Uma pesquisa apresentada esta semana, aponta que a saúde mental dos profissionais da educação tem sido a maior causa de enfermidades para o grupo. É o que diz o livro "Precarização, Adoecimento & Caminhos para a Mudança. Trabalho e saúde dos Professores", lançado pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro). 

Segundo o levantamento, os problemas de saúde encontrados mais facilmente nos educadores, sejam estes da rede pública ou privada, são decorrentes de um mesmo conjunto de males ou doenças em que há predomínio dos distúrbios mentais tais como síndrome de burnout, estresse e depressão. Após isso, os distúrbios de voz e os osteomusculares (lesões nos músculos, tendões ou articulações) também aparecem em evidência.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), afirma que saúde mental é um estado de bem-estar. Se a pessoa está bem é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro e ser mais produtiva. Quando o assunto é o ambiente de trabalho, problemas com chefia autoritária, competitividade, metas abusivas e falta de comunicação direta são as principais causas dos danos à mente.

Uma pesquisa realizada no último ano, pela Associação Nova Escola e o Instituto Ame Sua Mente, mostra que esse assunto precisa ser tratado de forma ampla e transparente. Abordando questões relevantes com mais de 5 mil professores e gestores do país, o levantamento constatou que o número de educadores que consideram sua saúde mental “ruim” ou “muito ruim” aumentou em relação ao ano passado: de 13,7% para 21,5%.

No Distrito Federal, por exemplo, mais de 14 mil servidores da educação precisaram ser afastados das atividades por problemas de saúde mental. É o que aponta a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (Seplad), de 2019 a 2022, após uma emissão de 14.154 licenças por “transtornos mentais e comportamentais”. Já em 2023, somente de janeiro a abril, foram quase 2 mil afastamentos.

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