Núcleo do Sindsprev de combate ao racismo participa de ato no Dia Nacional de Lutas Contra a Violência Racista da Polícia


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por Martihene Oliveira

Foto: Agência Mazella

Na última quinta-feira (24), o Núcleo do Sindsprev de Combate ao Racismo participou do ato contra a violência da polícia que aconteceu na Praça UR-11, no bairro do Ibura. O ato foi o primeiro de um ciclo de protestos que acontecem até novembro para combater a violência policial em relação à população negra e periférica.

Para o Sindsprev-PE, se unir a outros movimentos nessa pauta é ter compromisso com o direito à vida e lutar para que negras e negros sejam tratados com ética e respeito por quem deve proteção à sociedade independentemente de classe social, gênero ou raça.

A prática da violência policial é fortalecida pela impunidade, formação inadequada da corporação e marginalização das comunidades periféricas, com policiais que atuam com abordagem truculenta na favela e brandura em territórios não-negros. Pautados pelo racismo e suas nuances com mortes violentas de homens, mulheres, meninos e meninas negros apontados como suspeitos em territórios periféricos ou fora deles.

Foto: Agência Mazella

O Sindsprev não é contra o policial que executa sua função com dignidade e respeito, mas sim contra o policial que mata, traumatiza e marginaliza o povo negro. No ato, militantes e ativistas reivindicaram a reformulação do preparo dos policiais e exigiram justiça pelos diversos crimes impunes cometidos pela corporação. 

O nome de Mário de Andrade, adolescente morto aos 14 anos, em 2016, no Ibura, por bater acidentalmente na moto de um policial enquanto pedalava com um amigo, esteve presente através de sua mãe, Joelma Andrade, que conseguiu, depois de anos de luta, colocar na prisão o policial que cometeu o assassinato para cumprir 30 anos de sentença na Penitenciária Barreto Campelo.

Foto: Martihene Oliveira/Sindsprevpe

Além de Mário, nomes de outras crianças mortas pela polícia que ainda permanecem impunes também foram proferidos através de gritos por justiça. Os manifestantes, em detrimento da luta contra o genocídio negro, também pediram justiça por Mãe Bernadete e seu filho Flavio Pacífico, assassinados no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Bahia, por militarem pela intitulação da terra. A morte de Mãe Bernadete aconteceu no último dia 17 de agosto, já a da Flávio, pelo mesmo motivo, há seis anos atrás. 

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