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Na manhã desta quarta-feira (9), o Núcleo de Combate ao Racismo do Sindsprev-PE se fez presente na audiência pública sobre racismo no Século XXI promovida pelo vereador Luiz Eustáquio, que além de ser coordenador geral do sindicato é também presidente do núcleo.

Para o Sindsprev, uma audiência com esta temática amplia o debate racial, que além de atender as famílias de milhares de trabalhadores brasileiros deve também alcançar as comunidades periféricas. O secretário da comissão de igualdade racial da CUT-PE, Gilson de Góez, participou da mesa e falou sobre a importância de se manter o debate, levando em conta de que “o Brasil vive uma série de crises e em todas essas crises os mais afetados são os que fazem parte da população negra”, afirmou.

Como palestrante da mesa, o Prof. Dr. em Psicologia, Lassana Danfá, como pesquisador de algoritmos e redes sociais, mencionou os entraves e consequências do comportamento social na internet. Para ele, é importante falar sobre o caso Vini Jr., por exemplo, jogador de futebol que sofreu racismo em campo em um estádio na Espanha, mas também trabalhar políticas afirmativas que atuem na comoção da população negra e periférica que morre todos os dias vítimas da polícia e violência urbana. 

Além deles participaram da mesa o secretário de governo da Prefeitura do Recife, Aldemar Santos, o coordenador do gerência Executiva do Recife, Marcelo Diniz, o jornalista e apresentador do Cidade Alerta, da TV Guararapes, Evenilson Santana e Adeildo Araujo, represetante do Movimento Negro Unificado (MNU), bem como a vereadora do Recife, Aline Mariano.

Vítima de racismo, Luiz Eustáquio conhece bem a dor da cor da pele. Segundo ele, por diversas vezes o confundiram com o motorista do assessor branco dele. “Eles pensam que o meu assessor é o vereador e que eu sou o motorista dele. Em outra situação, uma mulher me parou no restaurante e pediu o cardápio. É um racismo estrutural que está inserido na sociedade e cabe a todos nós combater esse tipo de preconceito”, ressaltou o vereador.

O coordenador do Sindsprev lembrou que além de provocar dor e feridas na alma, o racismo também mata e citou o caso do negro americano George Floyd, que foi morto por um policial em Mineápolis e do negro João Alberto Silveira Freitas, morto no Carrefour, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul em 2020.

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