A Câmara Municipal do Recife vai fazer o debate sobre racismo um dia antes do início do recesso


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Depois de ter sido adiada em razão das chuvas, a audiência pública sobre o racismo no século 21 volta a ser tema na Câmara Municipal do Recife, nesta quarta-feira (5) , a partir das 9h.

A iniciativa foi do coordenador geral do Sindsprev, Luiz Eustáquio, que também é vereador da cidade do Recife e  vice-presidente da Comissão Permanente de Igualdade Racial. O tema não deixa de ser atual em razão dos fatos que se sobrepõem a cada dia, principalmente nas redes sociais. 

As redes sociais digitais se tornaram um ambiente de reprodução de preconceitos e divisões sociais, que contribuem para a formação de perfis marcados pela intolerância e radicalismo. 

O jogador Vinícius Júnior, vítima de racismo na Espanha, foi chamado de macaco por toda uma torcida, e se transformou em símbolo de luta. 

Aqui em Pernambuco, o secretário de Governo da Prefeitura do Recife, Aldemar Santos, foi perguntado, em um evento em João Pessoa, se era segurança. O racismo se revela das mais diferentes formas e sempre machuca. 

Nunca se viu tanto discurso de ódio como temos visto nos últimos anos. Para discutir o tema estão convidados: o doutor em psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco, Lassana Danfá, pesquisador das relações étnico-raciais, que será o palestrante; o secretário de Governo da Prefeitura do Recife, Aldemar Santos; 

Também vão fazer parte da mesa, o gerente de Igualdade Racial do Recife, Marcelo Diniz; o apresentador Evenílson Santana (Mike Tyson), que vai falar sobre os ataques que sofreu por um telespectador durante um programa ao vivo. 

A mesa também será composta por Manoela Alvez, primeira negra a ocupar a secretaria Geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) e Gilson Góz, secretário de Combate ao Racismo da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE). 

O vereador Luiz Eustáquio, que tem como uma de suas bandeiras a defesa do povo negro, conhece na pele a dor do racismo. “Mesmo como parlamentar eu sofro racismo e sei o quanto é doloroso. Infelizmente as pessoas perderam completamente o pudor e não temem despejar o discurso de ódio, porque apesar de ser crime, muitas racistas ainda ficam impunes”, afirmou o vereador.

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