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Por: Martihene Oliveira 

Ariovaldo Camargo - CUT Nacional 

O Centro de Formação e Lazer (CFL) do Sindsprev-PE foi sede do Seminário Regional Nordeste sobre a Negociação Coletiva e Sistema Sindical do Serviço Público que aconteceu entre os dias 10 e 12 de maio, realizado pela Escola Nordeste da CUT.

O evento contou com inúmeras entidades sindicais do setor público das esferas federais, estaduais e municipais, além de dirigentes das CUTs do Nordeste, que vindos dos nove estados do NE, debateram as propostas que estão sendo elaboradas a cerca desta temática, na perspectiva de se transformar em projeto de lei a ser apresentado no parlamento brasileiro. O seminário foi um grande espaço de socialização e debate de propostas que foram construídas no âmbito da CUT em diálogo com as demais centrais sindicais e o Ministério do Trabalho do Governo Lula.

Para o coordenador geral do Sindsprev, Luiz Eustáquio, realizar um evento como este no CFL foi honroso ao sindicato, mas, para além disso, foi fortalecedor. “Esse é um grande passo que fortalece a nossa luta e nos ajuda a melhorar nossa base e resistência”.

O seminário aconteceu pela manhã e tarde, durante os dois primeiros dias do evento e encerrou-se no final da manhã da sexta-feira (12). Quatro painéis foram temas de debate:

Na quarta-feira (10), o painel 1, com o tema “Entraves do atual modelo de Organização Sindical e Negociação Coletiva no Serviço Público” contou com o Prof. Dr. Claudio Ferreira, advogado que defendeu a estratégia de se utilizar a linguagem popular para trazer a população para mais perto da luta, por exemplo; e o secretário geral do Sindsprev-PE, Irineu Messias, que defendeu o direito de garantir a negociação coletiva regulamentado em lei, além disso, Irineu defende que essa negociação não deve ser algo de governo, mas sim, do Estado. A mesa também contou com Marcelo Piraiba, da FENASCE, e Elaine Bandeira, presidenta da CUT-RN.

Na quinta-feira (11), pela manhã, o 2º painel do seminário abordou o tema “Proposta de construção de um novo Sistema Sindical Brasileiro”, o painel contou com Clemente Ganz, assessor das Centrais Sindicais; Heleno Araújo, presidente da CNTE e Graça Costa, membra da executiva nacional da CUT e da CONFETAM. À tarde, o painel das 14h, “Como será o financiamento das entidades sindicais?”, seguiu com Clemente e também recebeu o representante da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo, que defendeu uma atualização no movimento sindical, com respaldo em grandes fatos históricos, como o movimento organizado na Década de 70. “Precisamos fazer algo novo. Analisar de onde saímos, onde nós chegamos, onde estamos e como chegaremos além, precisamos fazer um movimento sindical protagonista”, afirmou.

Júlia Reis - Presidenta da CNTSS

A sexta-feira (12), foi formada pela CNTSS, CONDSEF, CUT Nacional e FENASEPE, que debateram o 4º e último painel do evento: “Qual a proposta de Negociação Coletiva no Serviço Público, Relações de Trabalho e Papel do Estado?”. Júlia Reis, presidenta da CNTSS e primeira nordestina a ocupar o cargo, falou sobre o subjugo imposto pelo Estado nas mãos do “servidor”, nomenclatura que ela prefere não utilizar, substituindo o termo por “funcionário público”. A fala da presidenta foi dividida em três partes: como se constitui o Estado, como se organiza o movimento sindical e quais os desafios a serem superados. Quem também marcou presença no debate foi Pedro Armengol, representante da CONDSEF, segundo ele, "possuímos o direito de fazer greve, possuímos o direito de paralisar, mas não possuímos o direito de negociar. Precisamos regulamentar a Negociação Coletiva já”, defendeu. Renilson Oliveira, presidente da FENASEPE, representou as entidades sindicais de servidores públicos estaduais, também defendeu o fortalecimento da luta pela união dos companheiros das três esferas.

Dirigentes Sindsprev-PE

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