Greve do INSS apontou avanços para categoria
Em Pernambuco, os servidores do INSS que paralisaram seus trabalhos na greve, retornaram às suas atividades na última segunda-feira (16), após longos 51 dias de trabalho exausto na luta por benefícios para a categoria, com o avanço nos resultados que atenderam às demandas da pauta específica.
A decisão partiu da assembleia que foi realizada na sede do Sindsprev-PE, no dia 12 de maio, com a categoria participando presencialmente e em sistema remoto. Com votos unânimes, todos, diante das propostas que foram negociadas com o presidente do INSS, Guilherme Serrano e o Ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, que assinaram o compromisso da criação da Carreira Típica de Estado e do Comitê Gestor de Carreiras, além de outros direitos reivindicados pelos trabalhadores durante todo o processo, como por exemplo, a reposição do salário descontado na greve de 2009 e dos dias em que os servidores do INSS pararam nesta greve de 2022.
Com o avanço das negociações decidiu-se pela suspensão da greve e manutenção em estado de greve até assinatura do acordo. A categoria, apesar de decidir pelo retorno às atividades, não encerrou o movimento grevista porque a pauta salarial ainda não foi negociada. Apesar de o movimento ter sido aderido somente pelo INSS, a categoria toda reivindica recomposição salarial de 19,99% e o que antes era só para os policiais, agora o governo já admite conceder um reajuste para todos os trabalhadores federais, ainda que informalmente e por isso, é necessário que a categoria continue unida e mobilizada.
Para a diretora do Sindsprev-PE e da CNTSS, Stella Pragana, que também é assistente social do INSS, a greve e seus desafios foi uma aula de resistência: “precisamos tirar como lição de que esse ano a gente precisa se preparar. Teremos um novo contexto no próximo ano e a greve deu esse recado”, afirmou.