Brasil volta a registrar mais de mil mortes por covid-19 em fevereiro


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O Brasil registrou mais de 1,2 mil novas mortes pela covid-19 em apenas um único dia na última semana, a pior marca desde 10 de agosto. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 823, sendo o maior registro na média desde 17 de agosto do ano passado. Os dois números mostram um crescimento nos óbitos. No início de janeiro, o Brasil estava com a média móvel de mortes abaixo de 100. Agora, ela saltou para mais de 800, número que não ocorria desde agosto. Para piorar, em números absolutos foi a segunda vez em cinco dias que o País superou o registro de mil mortes em 24 horas.

O que está acontecendo é um aumento muito grande dos casos por causa da Ômicron. É uma linhagem que tem capacidade de infectar pessoas já vacinadas e capacidade bem grande de transmissão. Então com esse aumento bem rápido no número de casos, a quantidade de mortes e internações também aumentaram.

A Ômicron causa quadros mais brandos, principalmente em quem está vacinado, e o Brasil tem uma cobertura vacinal razoável. Então era esperado que o número de óbitos aumentasse também após uma alta nas contaminações.

À medida que a Ômicron se espalha e provoca o aumento de casos da Covid-19, especialistas descobrem também novas características da contaminação provocada pela cepa. O aplicativo epidemiológico Zoe Symptom Study App, do Reino Unido, é uma das principais ferramentas para analisar o quadro clínico de pacientes infectados pela variante, e uma recente atualização mostra o surgimento de mais um sintoma que pode estar associado à essa versão do coronavírus.

De acordo com os dados obtidos pelo levantamento, uma em cada cinco pessoas infectadas pela variante apresenta dor lombar durante o período de contaminação. Os especialistas responsáveis pelo app sugerem que sentir dores incomuns nas costas, sem gatilho conhecido e acompanhadas de outros sinais, pode indicar a presença do coronavírus no organismo.

Segundo os cientistas, a dor lombar afeta 19% dos pacientes, em média, e ocupa o 17º lugar na lista de sintomas mais comuns da Ômicron. Dessa forma, esse tipo de incômodo torna-se mais frequente do que a dor no peito (16%), perda de apetite (18%) e glândulas inchadas (18%). Para o líder do estudo, Tim Spector, a descoberta do novo sintoma ainda é recente. O profissional enfatiza que os cinco principais sinais da Covid-19 ainda são: coriza (74%), dor de cabeça (68%), fadiga (63%), dor de garganta (63%) e espirros (61%).

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