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O ministro da Economia, Paulo Guedes, está empenhado em prejudicar a vida dos servidores públicos. Diante da pressão que o funcionalismo público está exercendo contra o governo federal para garantir reajuste a todos os servidores, agora Guedes quer convencer a cúpula do governo de que, se Bolsonaro conceder o reajuste, ele não vai conseguir se reeleger.

Na cabeça desastrosa do ministro da Economia, uma eventual concessão de reajuste generalizada fará a inflação, que fechou 2021 em mais de 10%, explodir em 2022, o que para ele traria mais desgaste político ao presidente em plena campanha eleitoral.

Sobre um ponto nós precisamos concordar com Paulo Guedes. Bolsonaro não vai ser reeleito. Mas não será por um eventual aumento salarial para as categorias que amargam perdas salariais de mais de 40% ao longo dos últimos seis anos.

E sim pela adoção de políticas econômicas desastrosas sob o comando do próprio Guedes. E de estratégias políticas medonhas, como a última idealizada pelo próprio Bolsonaro, que reservou uma verba de R$ 1,7 bilhão no Orçamento de 2022 destinada a reajuste salarial apenas das carreiras policiais.

Um grande tiro no pé, visto que essa atitude excludente e eleitoreira vai provocar uma enxurrada de ações judiciais de outras categorias solicitando o mesmo tratamento. O próprio chefe da equipe econômica já relatou diretamente a Bolsonaro ter recebido alerta de ministros do STF de que o Judiciário pode acabar dando decisões atendendo o pedido dessas outras categorias. E, Guedes, a culpa não é nossa.

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