Novo salário mínimo reduz o poder de compra do trabalhador


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O valor do novo salário mínimo definido pelo governo federal que passou a valer agora no início do ano é de R$ 1.212, quantia que não representa nenhum ganho real para os trabalhadores e trabalhadoras, já que o percentual de reajuste de 10,1% em relação ao valor anterior deve ficar abaixo da inflação, que provavelmente fechará acima de 10%. Assim, a população brasileira perde ainda mais seu poder de compra.

2022 chega como mais um ano em que os trabalhadores e trabalhadoras não têm ganho real no salário mínimo, o que vem acontecendo desde o golpe dado contra a presidenta Dilma Rousseff. E, assim, o governo Bolsonaro mantem, pelo terceiro ano consecutivo, o valor do mínimo sem qualquer aumento real, o que propicia perda no poder de compra da população, isso em meio a um cenário de carestia em itens básicos da cesta básica.

Vale lembrar que no período de 1970 e 1990, quando a inflação devorou o poder de compra do salário mínimo, se formou uma grande mobilização sindical em defesa da valorização do salário, o que ganhou sustentação no governo Lula, comprometido com os trabalhadores e trabalhadoras, quando foi estabelecida a política de valorização do SM, que vigorou a partir de 2003.

Com o aumento real do salário mínimo - acima da inflação - durante os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, de abril de 2003 a janeiro e 2016, o que representou 59,21%, acima da inflação, incorporando aí a variação do Produto Interno Bruto (PIB), se restabeleceu uma fase de melhoria de vida da população mais pobre.

Nesse período, com a política de valorização do SM, se conseguiu assegurar, conforme o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), uma entrada de R$ 250 bilhões ao ano na economia brasileira. Ou seja: esse montante entrava no bolso dos trabalhadores e se transformava em consumo das famílias. Por sua vez, esses recursos abasteciam o comércio, mantinham as encomendas da indústria e do agronegócio, criavam empregos e faziam a roda da economia girar.

É por isso que precisamos nos organizar e garantir o retorno de Lula e de sua política de inclusão social e produtiva, promovendo mais investimentos, mais empregos e uma maior renda para trabalhadores e trabalhadoras e a consequente superação da fome que devasta o país e a superação da desigualdade, que cada vez mais sucumbe à grande concentração de renda no país.

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