Estagnação do salário mínimo sem aumento real aponta descaso do governo com economia brasileira


icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin icone email


A União apresentou proposta de Orçamento com valor previsto do salário mínimo para R$1.210,00 a partir de janeiro de 2022. Nesse caso, entra um reajuste um pouco acima de 10% baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a inflação oficial estimada para todo este ano. A questão é que o INPC só será conhecido em 11 de janeiro, é possível que haja algum pequeno desvio decimal entre o que dizem e o que realmente é. De toda forma, vale destacar que pelo terceiro ano consecutivo, o salário mínimo não terá aumento real. E nessa mesma linha, já que o que o governo alega sobre as taxas de inflação também não batem com a realidade, o piso nacional corre o risco de ficar até abaixo da inflação.


A Constituição Federal de 1988, define, no capítulo de Direitos Sociais, que o salário mínimo deve cobrir todas as necessidades do trabalhador e de sua família, e precisa ser unificado em todo território nacional e ser reajustado periodicamente para garantir seu poder aquisitivo. Mas, a realidade do brasileiro mostra que a inflação devora o poder de compra do salário mínimo e dessa forma dificulta que o papel constitucional seja cumprido. A solução para o problema é que aumentos reais ocorram a cada ano, e que estes sejam acima da inflação, coisa que não acontece desde o início do atual governo.


Antes, já existia uma política de valorização do salário mínimo que assegurava ganhos de 78% acima da inflação, o que representava a entrada de R $250 bilhões ao ano na economia brasileira.

« Voltar