Fiocruz defende passaporte da vacina em locais fechados e imunização para todos


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Na última edição do Boletim do Observatório Covid-19, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) defendeu que o passaporte da vacina contra a doença é talvez a estratégia mais importante para estimular e ampliar a vacinação para todos os brasileiros. No informe, a entidade destaca que, do ponto de vista da saúde pública e universal, “a proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos”.

Os pesquisadores da Fiocruz defenderam ainda que sejam elaboradas diretrizes nacionais para o passaporte da vacina, a fim de que seja evitada “judicialização do tema”, o que, se acontecer, ajudará a criar um “cenário de instabilidade comprometendo os ganhos que vêm sendo adquiridos com a ampliação da vacinação”.

Por isso, a fundação enfatiza que o passaporte da vacina é “estratégia central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas”, evitando, assim, os riscos de disseminação do coronavírus por parte daqueles que são assintomáticos.

O passaporte da vacina está em vigor em cerca de 250 municípios do país, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), com destaque para a Região Norte do país, com 20,7%, enquanto no Sudeste apenas 6,6% das cidades têm essa exigência.

A cidade de São Paulo instituiu o passaporte da vacina em 22 de setembro, mas apenas para eventos com mais de 500 pessoas, por meio do decreto nº 60.488/2021. O estado, por sua vez, liberou o acesso ao comprovante, mas este ainda não é obrigatório em todas as cidades.

Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde negou, ontem (4), emissão de certificado de vacinação para aqueles(as) que tomaram vacinas diferentes entre a primeira e segunda doses.

No Brasil, 47,7% da população está imunizada com as duas doses de algum imunizante e 70,63% com a primeira. A Fiocruz indica como necessário percentual acima de 70% de pessoas totalmente vacinadas para o controle do surto.

Nas 24 horas encerradas ontem, o Brasil registrou 204 óbitos por Covid-19, totalizando 598.152. Também foram notificados 10.425 novos casos. Desde o início da pandemia, em março de 2020, ao menos 21.478.546 pessoas foram infectadas. Os dados são do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

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