Dia 25 de Julho é Dia da Mulher Negra e Dia de Tereza de Benguela


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Tereza de Benguela foi uma líder quilombola do Século XVIII, símbolo de luta e resistência para as mulheres negras do Brasil. Após assumir o comando do quilombo e organizar a estrutura política, econômica e administrativa, depois que seu marido morreu, ela resistiu bravamente às batidas da Coroa Portuguesa por 20 anos na recusa de ser escravizada e permitir a prisão dos quilombolas.

Para o feminismo negro, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino - Americana e Caribenha, é um dia para reflexão sobre os processos e desafios encontrados no percurso de suas vivências perpassados por um mundo de resistência. A “Rainha Negra”, como ficou conhecida, por muito tempo teve sua história ocultada, somente em 2014, a Lei 12.987, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff, instituiu 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra com o objetivo de resgatar a memória da heroína que foi negligenciada pela história.

Tereza sobreviveu até meados da década de 1770, quando o quilombo foi destruído a mando do governador da capitania. No Brasil, negros e negras são responsáveis por por 54% da população. No mundo, de acordo com a Associação de Mujeres Afro, 200 milhões de pessoas se declaram como afrodescendentes. Apesar disso, as mulheres negras são as de maior número entre as vítimas de feminicídio, são as que mais sofrem com violência doméstica, obstétrica,  também as que mais morrem na hora do parto, as que ocupam as estatísticas da pobreza menstrual, e as que estão na base da pirâmide socioeconômica brasileira.

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