Governo Federal gasta bilhões em pensões pagas a parentes de militares


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Uma reportagem da Revista Piauí, publicada na última semana, divulgou números obscenos de pensões pagas a familiares de militares no Brasil. Segundo o texto, em 2020, o governo federal pagou pensões a 529 mil pessoas – em geral, parentes de servidores civis e militares que já morreram. Somadas, essas pensões custaram R$ 36,5 bilhões, valor maior que o orçamento do Bolsa Família, que atende cerca de 14 milhões de famílias e teve um orçamento de R$ 32 bilhões. 

Os parentes de militares são responsáveis pela maior fatia do bolo, e receberam, em média, 47% a mais do que os parentes de civis. Mais de 2 mil pessoas se encaixam na categoria de superpensionistas – isto é, acumulam mais de um benefício, como no caso de mulheres que são filhas e viúvas de militares ao mesmo tempo. Essas superpensões custaram R$ 582,5 milhões aos cofres públicos em 2020. 

Para se ter uma ideia, netas e filhas de Médici, Costa e Silva e cúpula da ditadura têm pensão de até R$ 43 mil, mesmo a maioria estando em idade economicamente ativa. Com esse dinheiro, seria possível comprar ao menos 35 milhões de doses de vacina da Astrazeneca. Esses dados foram divulgados no Portal da Transparência. 

As pensões pagas a parentes de servidores militares são maiores que as de civis. No ano passado, o valor líquido do benefício pago a dependentes de militares foi, em média, de R$ 6,9 mil por mês. Para os pensionistas civis, o valor médio foi de R$ 4,7 mil líquidos.

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