Nota de repúdio contra o desmonte do Banco do Brasil


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A diretoria do Sindsprev em Pernambuco vem, através desta nota, repudiar o desmonte do Banco do Brasil que, sob a alegação de reestruturação para se adaptar à era digital, tem o intuito real de dar início à Reforma Administrativa do Governo Federal, que ainda nem foi aprovada pelo Congresso Nacional.

Em protesto, nos unimos e nos solidarizamos com todos os funcionários públicos do Banco do Brasil, nesta quinta-feira (21), durante o Dia Nacional de Lutas contra a proposta que foi apresentada pela direção do banco no dia 11 deste mês. Além de atos nas unidades do banco, os trabalhadores também vão realizar um tuitaço, a partir das 11h, com a hashtag #MeuBBValeMais . Também está sendo proposta uma paralisação nacional dia 29.

Em todo Brasil, este plano prevê o desligamento de cinco mil bancários, conversão de 243 agências em postos de atendimento e mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios. Só em Pernambuco, serão fechados seis postos de atendimento, duas agências e mais dezesseis agências serão alteradas para postos avançados.

Esse plano de reestruturação não traz prejuízos apenas para os funcionários do Banco do Brasil, que serão pressionados a aderir um Programa de Demissão Voluntária (PDV). A população e a economia brasileiras serão as maiores prejudicadas desse processo. Muitas agências que atendem cidades isoladas do interior terão suas atividades encerradas afetando muitos programas importantes que atendem as famílias mais necessitadas, descumprindo uma das principais funções do Banco do Brasil, que é a de fomentador da economia brasileira.

A implementação da política de desmonte do serviço público é uma grande tragédia para o Brasil, especialmente neste momento de pandemia e de retração de diversos setores privados da economia. Recentemente, a montadora de automóveis Ford anunciou que vai encerrar a produção de carros no Brasil, fechando as fábricas em Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE), após mais de 100 anos de atividades no Brasil, deixando sem emprego direto mais de cinco mil pessoas. E agora, com o plano de reestruturação, o Banco do Brasil prevê o desligamento de cinco mil funcionários. Eles querem destruir o país em troca de capital estrangeiro!

É necessária muita luta, firmeza, estratégia e, principalmente, solidariedade de classe para enfrentarmos esse desmonte do patrimônio público brasileiro. E é por isso que nos juntamos à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e convidamos toda a nossa categoria para esta luta contra o desmonte do Banco do Brasil, que deve ser não apenas dos servidores públicos e dos bancários, mas sim de todo o povo brasileiro.

Avante!

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