Pesquisa nacional busca conhecer realidade dos profissionais de saúde durante pandemia


icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin icone email



A Fiocruz quer conhecer as condições de vida e trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas que atuam diretamente na assistência e no combate à pandemia do coronavírus. Para isso, lançou a pesquisa nacional Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil. O questionário é simples, pode ser respondido on-line e leva de 10 a 15 minutos para ser preenchido.

De acordo  com Maria Helena Machado, pesquisadora da Fiocruz e coordenadora do estudo, mesmo diante de um cenário de pandemia, há denúncias e relatos de profissionais em situação de precarização do vínculo de trabalho, salários atrasados, insegurança e sobrecarga de trabalho que estão gerando estresse, adoecimento e desgastes físicos e psíquicos. Com o resultado da pesquisa, será possível direcionar ações, estratégias e políticas públicas que promovam a melhoria das condições de trabalho das categorias atuantes no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Por isso é muito importante que os profissionais de saúde participem da pesquisa. A identidade do participante será preservada.

De acordo com informações extraídas do site da CNTSS, o Brasil está no topo do ranking mundial de números de profissionais infectados pelo novo coronavírus e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) observa que, sozinho, o Brasil responde por 30% das mortes de enfermeiras e enfermeiros no planeta. Ainda segundo a CNTSS, a organização mundial que reúne os conselhos nacionais, o Internacional Council of Nurses (ICN), confirma a situação brasileira.

O Cofen, porém, só relata o cenário dos enfermeiros e enfermeiras no Brasil. A situação vivida pelos profissionais de saúde é grave. De acordo com Boletim Epidemiológico Especial nº 30, do Ministério da Saúde, até o dia 25 de julho, foram registrados 216 mil casos de Covid-19 em profissionais de saúde de todo o país, com 189 óbitos. O Boletim Epidemiológico Especial nº 24, do Ministério da Saúde, registra ainda que as profissões mais recorrentes dentre os casos confirmados de Síndrome Gripal por Covid-19 são técnicos e auxiliares de enfermagem (74.323), enfermeiros (31.710) e médicos (23.659), seguidos por agentes comunitários de saúde (10.380) e recepcionistas de unidades de saúde (9.385).

O Boletim Epidemiológico Especial nº 24 afirma ainda que o Brasil teve 71 óbitos de técnicos e auxiliares de enfermagem; 41 falecimentos de médicos e, infelizmente, perdemos 20 enfermeiros. Foram contabilizadas nove mortes em odontologistas. A pesquisa tem parceria dos Conselhos Federal de Enfermagem e Conselho Federal de Medicina. Na Fiocruz, a pesquisa é conduzida pelo Centro de Estudos Estratégicos (CEE) e a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), com parceria do Instituto Aggeu Magalhães (IAM) e do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict).

A pesquisa Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil tem financiamento do Edital Inova Covid-19 e é promovido pelas Vice-Presidências de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS), Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) e Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI) da Fundação Oswaldo Cruz.

OUTRAS INFORMAÇÕES: perguntas_frequentes_pesquisa_fiocruz

PDF: 2020/08/perguntas_frequentes_pesquisa_fiocruz.pdf

« Voltar