Governo massacra famílias que precisam do Bolsa Família
Parece que o atual governo possui uma especialidade: atrapalhar a vida dos que compõe a base da pirâmide social. A demora nas concessões de aposentadorias não é a única atrocidade do ex-capitão. Ele acha pouco e massacra, também, quem precisa do básico, quem precisa apenas de comida na mesa pra poder sobreviver. Se trata de 3,5 milhões de brasileiros à espera do Bolsa Família; isso significa que cerca de 1,5 milhão de famílias ultrapassaram a linha da pobreza e adentraram na miséria.
Seria cômico se não fosse trágico, mas o Nordeste conta com o maior número de brasileiros de baixa renda que não são atendidos pelo programa. Ou seja, a região onde o atual presidente teve menos votos na eleição de 2018 é a que mais sofre na gigante fila do Bolsa Família. Os dados não mentem: das 1,5 milhão de famílias nordestinas que deveriam ser contempladas, mais de 606 mil não foram inscritas no programa; ou seja, 39%.
Através do levantamento de dados, realizados por secretários Estaduais de Assistência Social do Nordeste, chega-se à conclusão que isso se trata de uma mera retaliação ao povo nordestino. De acordo com o cálculo, 100 mil famílias foram contempladas com o Bolsa Família em janeiro deste ano; do total, apenas 3.035 nordestinas e, pasme, 45.764 do Sudeste. Não que esta região mereça menos que a primeira, mas há de se convir que são realidades distantes.
Sem acesso ao Bolsa Família, a população nordestina voltou a solicitar ajuda das prefeituras. De acordo com matéria do Jornal Estado de São Paulo, no município de Surubim-PE, a 120 quilômetros do Recife, os pedidos de cestas básicas dobraram no segundo semestre de 2019. A prefeitura precisou realizar um aditivo ao contrato para distribuição de alimentos. Segundo gestores do programa social em Surubim, o crescimento da demanda por atendimentos na prefeitura se deve ao congelamento de novos benefícios do programa de transferência de renda do governo federal.
Outra cidade que serve como exemplo é Picuí-PB, a 240 quilômetros de João Pessoa. Em reportagem ao Estado de S. Paulo, o prefeito Olivânio Remígio (PT) disse ter registrado aumento na quantidade de pedidos de moradores. “Pessoas que perderam o emprego devido à recessão econômica e precisam do Bolsa Família”, explanou.
Fica claro que o atual governo trabalha em prol do baronato, desrespeitando a classe baixa e deixando-a na zona rasteira da miséria. Quando não escancara suas atrocidades, assopra e morde, como foi o caso 13º salário do Bolsa Família, no ano passado. Para cumprir tal promessa de campanha, ele reduziu as concessões. Em maio de 2019, 264 mil famílias foram inscritas. A partir de junho, os números caíram para cerca de 2 mil. Vale ressaltar que a média permanece neste patamar.
O Sindsprev-PE reafirma luta contra o pacote de atrocidades cometidas pelo governo. Estamos, firmes e forte, ao lado de todas e todos.