A “abolição dos escravos” não foi um presente como narra a história oficial. Na realidade foi um despejo, um abandono, uma traição a um povo que fez desta nação o império da cana de açúcar e do café, e depois contribuiu para o desenvolvimento agro-industrial.

Os negros foram deixados sem direitos, cidadania e nenhum amparo social. A partir daí, foram forçados a formar guetos e favelas, perpetuando até hoje a situação de marginalizados.

Atualmente negros compõem 70% da população brasileira. Nessa camada social se encontra o maior percentual de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, que têm menos tempo de estudo e que ganham menores salários.

O preconceito racial ainda é enorme em relação ao negro, principalmente a mulher negra que tem um grau de desvalorização ainda maior.

A privação da liberdade, do seu culto, da sua cultura, ou seja, da sua identidade, foram causas de suicídios, assassinatos, revoltas e fugas. “Mas a sua religiosidade, a cultura e a crença nos ideais de liberdade os fizeram resistir, mantendo a sua identidade e dignidade”.

Participem desse momento. Juntem-se a nós nesta luta para a construção de uma sociedade justa, igualitária, com respeito às diferenças e aos diferentes.

“A resistência na luta é a chama da dignidade na construção de uma sociedade com direitos e oportunidades iguais”