No último dia 8 de novembro, servidores do Hospital Getúlio Vargas (HGV) promoveram assembléia para definir a transferência dos serviços depois da desocupação do Bloco G. O prédio foi interditado desde o dia 5, quando a categoria realizou paralisação de protesto.
Foi decidido que os setores de emergência, cirurgia, farmácia e departamento pessoal passam a funcionar no prédio central do HGV e o ambulatório, no setor de transportes. Os serviços de Ortopedia e Traumatologia serão transferidos para o Hospital da Restauração (HR) e Hospital Otávio de Freitas. A nutrição e a lavanderia passam para o Hospital Barão de Lucena (HBL) e Hospital Agamenon Magalhães (HAM), respectivamente.
Apesar dos pareceres dos engenheiros da Secretaria Estadual de Saúde descartarem a possibilidade de desabamentos, existem graves riscos de acidentes que podem atingir servidores e pacientes, como quedas de partes das paredes e do teto. Não há condições de trabalho no local, pois o pessoal não pode trabalhar sob tensão constante, a cada rachadura que surge, a cada estalo que se ouve.
A solicitação interdição foi feita pelo Sindsprev na reunião realizada no dia 4 de novembro no Ministério Público do Trabalho (MPT). Na ocasião foi assinado um termo de acordo entre os representantes dos órgãos presentes: Procuradoria Regional do Trabalho, Delegacia Regional do Trabalho, Secretaria Estadual de Saúde (SES), Direção do HGV e sindicatos: Sindsprev, Sindsaúde e Sindicato dos Enfermeiros.
A necessidade de reparos urgentes e definitivos na estrutura do prédio foi denunciada desde 1999 e ignorada durante cinco anos pelo Governo Jarbas. Agora, a mobilização dos servidores e a ação do Sindsprev junto ao Ministério Público do Trabalho pressionaram a Secretaria Estadual de Saúde a tomar providências imediatas.