Sindsprev participa do protesto contra aumento da conta da luz
Na quarta passada, o Sindsprev, outros sindicatos, consumidores residenciais, empresariais, prefeituras e vários órgãos públicos aderiram ao apagão coletivo, num boicote contra o reajuste de 34,11% na conta de luz da Celpe. A partir das 14h, durante quinze minutos, quem protestou desligou todas as luzes e equipamentos elétricos.
Logo depois, manifestantes de 30 organizações da sociedade e milhares de pessoas saíram em passeata da Praça Oswaldo Cruz até o Palácio Campo das Princesas. Além de participar do apagão, o Sindsprev engrossou a caminhada de protesto com faixas e bandeiras. No Palácio do Governo, uma Comissão foi recebida pela Secretária Lúcia Pontes. Ela afirmou que o Governo do Estado não tem um estudo do impacto do aumento sobre a economia de Pernambuco, acrescentando apenas que existe um projeto de redução do ICMS, na Assembléia Legislativa. E mais nada de concreto.
A população pernambucana não agüenta este novo arrocho no seu orçamento familiar. Além de pesar diretamente no bolso de cada cidadão, o aumento da conta de luz vai desencadear uma onda de aumentos nos preços de diversos produtos e serviços, pesando ainda mais no bolso do consumidor. Ele provoca sérios danos aos diversos setores sociais. Todos são unânimes em declarar que o aumento é insustentável.
Por outro lado, é bom lembrar que a Celpe foi privatizada pelo Governo Jarbas a preço bem abaixo da sua cotação. Nos últimos anos, as tarifas vêm subindo acima dos índices de inflação, o que só faz aumentar os rendimentos da empresa que, somente em 2004, lucrou 836 milhões de reais.
É justamente esse processo nebuloso de privatização promovido pelo governador Jarbas que está permitindo esses aumentos sucessivos e abusivos, que hoje chega a 34,11%, podendo até ultrapassar os 40%, em alguns casos. Cada cidadão deve participar ativamente desta ampla campanha para reduzir o aumento na conta de luz. É uma questão de sobrevivência.