Sindsprev-PE repudia fim do Ministério do Trabalho
Sindsprev-PE repudia extinção do Ministério do Trabalho
Na sua campanha eleitoral, o então candidato Bolsonaro afirmou que o trabalhador teria de decidir “se quer menos direitos e emprego ou direitos sem emprego.
A extinção do Ministério do Trabalho, divulgada na quarta-feira (07/11), confirma realmente que o “novo” governo vai continuar com políticas de retirada de direitos dos trabalhadores e abrir mais espaços para o aumento da precariedade das condições de trabalho.
Segundo o jornalista Leonardo Sakamoto, especialista na área de combate ao trabalho escravo, a medida também vai enfraquecer ainda mais a “já debilitada fiscalização do cumprimento das leis trabalhistas”, pois dentre as funções do ministério, essa seria a área de atuação mais sensível à mudança.
O fim do Ministério do Trabalho vai eliminar também a fiscalização das condições de saúde, segurança e dignidade dos trabalhadores e visa apenas atender às demandas por ‘flexibilização’ de setores econômicos e empresários que apoiaram o candidato eleito.
“Não vamos ter com quem discutir a valorização do salário mínimo, a manutenção da aposentadoria, do fundo de garantia, férias… e todos outros direitos que atualmente são intermediados pelo Ministério do Trabalho”, avaliou o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Enfim, o futuro governo Bolsonaro pretende acabar com a carteira assinada e com o que ainda resta de direitos após um ano da implantação da reforma trabalhista.
O Sindsprev-PE repudia, de foma veemente, a extinção do Ministério do Trabalho, e faz coro com a CUT e sindicatos filiados que estão se posicionando contra mais um atentado à classe trabalhadora.
Servidores fazem manifestação em defesa da permanência do Ministério do Trabalho,
na tarde de 8/11/18 (Foto: Edu Andrade/ASCOM/Ministério do Trabalho)