CUT completa 35 anos de muitas lutas e resistência


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CUT completa 35 anos engajada na maior luta da sua história

 

No plenário principal da Câmara dos Deputados, na manhã da segunda-feira (27), a CUT foi homenageada  pelos seus 35 anos de vida, luta e resistência, comemorado nesta terça-feira (28). A diretora do Sindsprev-PE, Jeane Gonçalves, também dirigente da CUT Nacional e CUT-PE, participou de atividades do aniversário da Central,em Brasília.

 

Com o golpe de 2016, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) enfrenta mais uma vez um período de Estado de Exceção cuja luta para resgatar a democracia no País passa pelas eleições deste ano, diz o presidente da  CUT, Vagner Freitas.

 

HISTÓRIA- 28 de agosto de 1983. Ditadura militar no Brasil. O país estava mergulhado numa crise econômica e política. A inflação batia 150% ao ano, a dívida externa chegava a US$ 100 bilhões, o desemprego e a fome cresciam e os salários ficavam cada vez mais arrochados.

 

Foi nesse contexto que mais de cinco mil trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, reunidos no galpão da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, baseados em princípios de igualdade e solidariedade, fundaram a Central Única dos Trabalhadores (CUT), atualmente maior central sindical do país e da América Latina e a quinta maior do mundo.

 

1° Congresso Nacional da Classe Trabalhadora, em São Bernardo do Campo - Foto: Cedoc/CUT

 

O plano de lutas aprovado pela CUT, no 1º Conclat - Congresso Nacional da Classe Trabalhadora -, exigia o fim da Lei de Segurança Nacional e do Regime Militar, o combate à política econômica do governo, o fim do desemprego, a defesa da reforma agrária construída pelos trabalhadores, reajustes trimestrais dos salários e liberdade e autonomia sindical.

 

Agora, 35 anos depois, a CUT enfrenta mais uma vez, desde 2016, um período de Estado de Exceção e luta contra um golpe que retirou do governo uma presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, e mantém há mais de quatro meses como preso político a maior liderança popular do país, Luiz Inácio Lula da Silva.

 

“Nascemos do enfrentamento que ajudou a derrubar a ditadura militar e deu início à redemocratização deste país. Construímos tanto, que o atual golpe, em vez de destruir, fortaleceu ainda mais a Central Única dos Trabalhadores, que está à frente de todos os enfrentamentos contra os ataques aos direitos sociais e trabalhistas”, diz o presidente CUT, Vagner Freitas.

 

Com 3.980 entidades filiadas, 7,9 milhões de trabalhadores e trabalhadoras associados e 25,8 milhões em toda a base, “a CUT segue sendo importantíssima para o Brasil, porque é uma instituição nascida da luta em defesa da democracia, e não há democracia sem a CUT e seus sindicatos, garantindo que a voz da classe trabalhadora seja ouvida e respeitada”, diz  Vagner, que ressalta: “a CUT nunca deixará de fazer a defesa da classe trabalhadora, nosso compromisso histórico desde a fundação”.

 

“Apesar de tudo o que os golpistas vêm fazendo desde 2016 para acabar com a estrutura e a organização sindical desse país, eles não conseguiram e não conseguirão calar as nossas vozes, impedir a nossa luta”, afirma o presidente da CUT.

 

Segundo ele, o povo brasileiro e a comunidade internacional são testemunhas da capacidade de organização, mobilização e resistência da CUT e dos seus sindicatos, tanto antes quanto depois do golpe.

 

“A CUT sempre esteve nas ruas. Lutamos contra a ditadura, contra a carestia e contra o golpe, que a mídia chamou erradamente de impeachment. Não foi impeachment porque não foi comprovado crime de responsabilidade”, pontua Vagner.

 

“E, nas ruas, construímos a maior greve geral da história deste país contra a reforma da Previdência”, destacou Vagner, se referindo ao dia 28 de abril de 2017, quando uma greve geral convocada pela CUT e demais centrais paralisou o país e mobilizou 48 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

 

Diversas cidades amanheceram sem nenhuma movimentação no dia 28 de abril de 2017.

O Brasil parou. Foto: Agência PT/CUT-DF/Roberto Parizzotti/Conversa Afiada/UGIRM

 

“Nas ruas e nos locais de trabalho”, prossegue o dirigente, “combatemos as reformas e medidas recessivas que retiraram direitos da classe trabalhadora. Nas ruas, defendemos as empresas e bancos públicos, denunciamos o desmanche dos programas sociais. Nas ruas lutamos, e continuaremos lutando, contra todo tipo de injustiça. Nas ruas, defenderemos o direito de um operário disputar a Presidência da República”.

 

Eleições 2018 e a defesa da democracia

 

Para o presidente da CUT, o dia 7 de outubro, primeiro turno das eleições de 2018, é mais um dia importante para a classe trabalhadora ocupar as ruas e escrever mais um capítulo da história do Brasil. “É o momento de estarmos nas ruas defendendo a democracia nesta que será a eleição das nossas vidas”.

 

“É a oportunidade que teremos de recuperar a legalidade democrática do país e eleger Lula, o melhor presidente da história do país, segundo o povo brasileiro”.

 

Confira o vídeo em homenagem aos 35 anos da CUT



Escrito por: Tatiana Melim -  Publicado: 28 Agosto, 2018 

Fonte: https://www.cut.org.br/noticias/cut-completa-35-anos-em-meio-a-maior-luta-da-sua-historia-6883


 


" Golpe no Brasil teve participação dos EUA e do capital internacional "


O ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, acusou a mídia e parte do Judiciário de se aliarem ao grande capital internacional para o golpe de 2016. Crítica foi feita durante reunião da Direção Nacional da CUT, nesta terça (28), aniversário de 35 anos da Central.

 

 

O Brasil teve um grande destaque internacional durante o governo do ex-presidente Lula, seja em termos econômicos, seja em importância geopolítica, e isto incomodou o grande capital internacional que ainda via o país, assim como os demais países da América Latina, como o seu quintal. Por isso, os Estados Unidos e o capital internacional se uniram à elite retrógrada que compõe parte da mídia e do Poder Judiciário brasileiro, para dar o golpe de estado que depôs uma presidenta eleita democraticamente com 54 milhões de votos.

 

Esta foi a avaliação que Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores dos governos Lula e Dilma Rousseff, fez durante a sua palestra na reunião da Direção Nacional da CUT, nesta terça-feira (28), em Brasília.

 

Na mesa formada pelo Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, e pela Secretária-Geral Adjunta, Maria Aparecida Faria, o ex-ministro discorreu sobre o futuro do país, a partir das próximas eleições presidenciais; o panorama político e econômico que o Brasil viveu durante o governo Lula com a formação das alianças econômicas e políticas internacionais no continente Latino Americano e a criação do Brics – grupo de países de economias emergentes formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul - e o golpe de 2016.

 

O golpe

 

Segundo Celso Amorim, o início do golpe de 2016 se deu com a classe média retrógrada, que criticava o fato de sua empregada doméstica estudar e ver os filhos dela na universidade concorrendo com seus próprios filhos, e os ataques diuturnos da mídia, especialmente a TV Globo, com críticas e inverdades sobre os governos do PT.

 

“A classe média não teve seus privilégios retirados, mas viu os que vieram de baixo ganhar mais. Todo esse conjunto, essa ojeriza da elite em diminuir as desigualdades, esse sentimento de ‘viralatice’ de pessoas medíocres do ponto de vista mental, como os banqueiros, que nunca se formaram em sociologia e filosofia , não se se conformaram com o fato de Lula ter diminuído de forma consistente a desigualdade no Brasil”, afirmou Amorim

 

Ele prosseguiu dizendo que Lula decidiu que quem tomaria conta do pré-sal e das nossas reservas naturais seria o próprio Brasil, com a Petrobras deixando de ser apenas uma empresa produtora de petróleo, mas se tornando uma das maiores do mundo.

 

“Os grandes comandantes do capital financeiro, das organizações de inteligência de Washington (capital dos EUA), os militares norte-americanos, setores do Pentágono se assustaram com isso. E do ponto de vista estratégico (fui ministro da Defesa também), se houver uma grande guerra, deter as reservas de energia é fundamental”, avaliou o ex-ministro de Lula e Dilma.

 

Assim, segundo Amorim, a elite, a mídia e parte do Judiciário se aliaram ao plano dos Estados Unidos e do grande capital internacional, interessados no pré-sal e nas reservas naturais do país.

 

Celso Amorim disse ainda que há evidências concretas da participação de parte do Judiciário brasileiro no golpe já que um o subprocurador geral dos Estados Unidos disse que é importante os setores de Justiça brasileiros cooperarem com os Estados Unidos no combate à corrupção.

 

Segundo o ex-ministro, em 1964, ano do golpe militar no Brasil, o poder era dos militares no mundo. Hoje, eles não têm tanta influência, mas atualmente o que se vê é o uso da área jurídica no combate à corrupção como forma de mudar governos, e o instrumento utilizado aqui no golpe de 2016 foi exatamente o mesmo.

 

O ex-ministro das Relações Exteriores disse que está preocupado com a crise institucional do país; que a próxima eleição é momento em que ou se consolida a democracia no Brasil ou teremos um longo período de obscurantismo.

 

“O fascista lá fora é nacionalista, defende o próprio país, aqui o fascista é entreguista”. (...)

 

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Escrito por: Rosely Rocha, especial para Portal CUT - Publicado: 28 Agosto, 2018 

 

 

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