Documentário denuncia impactos ambientais e sociais da energia eólica em Pernambuco


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Por Brasil de Fato Pernambuco

Depressão, insônia, dores de cabeça, além de transformações na natureza como a fuga de espécies, as rachaduras em casas e outros problemas foram relatados pelas famílias, lideranças sindicais, parlamentares e organizações no documentário “A Armadilha da Energia Eólica” que foi lançado neste mês de novembro, no canal FetapeOficial no Youtube:

Os sindicatos de trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares afirmam que não foram procurados para um diálogo sobre os parques e nem para medir impactos ambientais. “Eu não tenho conhecimento de ter visto ninguém aqui procurando a gente antes da implantação dos parques ou para mobilizar os trabalhadores para fazer uma discussão, por exemplo, sobre os contratos, pois, a gente compreende que é um momento importante”, destaca a vice-presidente do STR de Caetés e da CUT-PE, Uedislaine Santana.

O Brasil atualmente é líder na América Latina em quantidade de parques eólicos. Ao todo existem mais de 970, sendo a maioria nos estados do Nordeste: Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí, Ceará e Pernambuco. A Fetape, por meio da Diretoria de Meio Ambiente, vem promovendo encontros, rodas de diálogos e debates acerca do modelo adotado pelos grandes empreendimentos eólicos no país e divulgou uma Carta Política com proposições para minimizar os impactos desses grandes projetos na vida das famílias agricultoras.

“Queremos que esse documentário possa proporcionar um debate com a sociedade, com os sindicatos e organizações de trabalhadores e trabalhadoras e que possa conscientizar as pessoas, além de melhorar a realidade. E que as empresas informem com transparência o que traz de bom e de ruim, pois queremos abrir o diálogo e dizer que não somos contra a produção de energia renovável, mas que esses parques respeitem a vida humana e todo o ecossistema do planeta”, afirmou a diretora de Política para o Meio Ambiente da Fetape, Rosenice Nalva.

O documentário também ouviu pessoas e lideranças sindicais de municípios localizados em áreas de brejos, no Agreste Central, onde as empresas já começam a chegar para instalação dos parques. Em Brejo da Madre de Deus, considerada a capital da agroecologia, o presidente do STR, José Jaelson da Silva, destaca a importância do município na produção de alimentos orgânicos. “Nós temos vários pontos de matas que são preservadas com várias práticas de conservação do meio ambiente e vamos trabalhar para fortalecer a agricultura e a proteção ambiental”.

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