Temendo a greve governo utiliza aumento da cesta de benefícios para acalmar os ânimos dos servidores


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A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, reforçou não haver espaço no orçamento federal para conceder reajuste salarial de servidores públicos federais neste ano. O funcionalismo público demanda aumento salarial de pelo menos  22,71%, divididos em parcelas que iniciariam a partir de 2024. Mas, apesar de propor reajustes nos auxílios e benefícios, a tão esperada correção (para não dizer o mínimo) do prejuízo financeiro que o funcionalismo teve durante os governos Temer e Bolsonaro ainda não veio do jeito que queremos e merecemos.

Já o governo colocou à mesa a proposta de reajustar em até 19% os salários até o fim do governo, mas em parcelas, uma no ano passado (9%) e  4,5% em cada ano do no biênio 2025/26. Na entrevista no Bom dia, ministra, da TV Brasil,  a ministra disse, no entanto, que o governo avalia aumentar a proposta. “Estamos discutindo internamente no governo um espaço orçamentário, não só para [servidores da área de] educação, mas também para demais servidores, para que a gente tenha um valor um pouco acima desse”, disse ao responder uma pergunta sobre a área de educação. 

Ela ainda disse que ao longo do governo não haveria perdas para os servidores. "O que a gente tem pactuado inicialmente dentro do governo, que a gente garantiria para todo mundo 9% [em 2023], mais 4,5% [em 2025] e 4,5% [em 2026]. Ao todo, 19% acima da inflação do período, ninguém teria perda ao longo do governo do presidente Lula. Mas não teríamos facilidade de recuperar perdas do governo anterior por falta de qualquer reajuste de servidores naquele momento", afirmou a ministra da Gestão, Esther Dweck. 

O que o governo propõe agora é reajustar, o mais rapidamente possível, benefícios pagos a servidores, como auxílio alimentação. Haveria também um aumento no auxílio saúde que o governo paga inclusive aos servidores aposentados.

A verdade é que o governo tenta evitar um possível avanço de um movimento grevista para outras categorias do serviço federal, como é o caso de algumas categorias de professores de universidades federais, que decidiram em assembleia interromper as atividades no dia 15 deste mês. 

O governo só chamou os funcionários públicos para conversar depois que o Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe) organizou uma mobilização nacional por reajuste linear e para todos os funcionários federais em 2024. É por isso que enfatizamos sempre que sem luta não temos de fato avanços nas nossas pautas. A greve não é algo que nos diverte, mas em muitos casos é a arma que os trabalhadores possuem para buscar aquilo que é nosso por direito.

Servidores têm até a próxima sexta-feira (19) para responder ao governo. Os reajustes dos benefícios prometidos só serão pagos se a grande maioria das categorias concordar com a proposta.

 

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